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A dez rodadas para o fim da Série A, as contas de Tristão são uma alegria para uns e (desculpe o trocadilho – escapou!) tristeza para outros. Os números do matemático são uma janelinha por onde se espia o futuro de cada um.

Serve para xeretar com a probabilidade, conferir chances disso e daquilo. Não retratam a verdade, mas quase, o que assusta.

Hoje o Coxa tem apenas unzinho por cento favorável ao título e 12% para ficar com uma das vagas à Libertadores. O Atlético deu uma machadada em suas chances de permanecer na elite; "fifty-fifty" para queda e salvação.

Ainda pelas projeções de Tristão, o título e a vaga à Libertadores estão mais caros nesta temporada, sobretudo o acento no torneio continental, que aumentou de 60 pontos dos últimos anos para 67 nesta edição do nacional. É a lei da oferta e da procura.

Com Palmeiras, Grêmio, Cruzeiro, Flamengo e São Paulo disputando lance a lance a taça mais desejada no momento, acabam puxando e inflacionando o preço da vaga à Libertadores.

Por outro lado, na ponta de baixo, dos pretendentes à Segundona, o preço caiu e já se compra a permanência na elite por mirrados 45 pontinhos, contra uns 50 em anos anteriores.

Isso porque no grupo da degola estão todos sem cacife, endividados com suas torcidas, rendendo muito pouco no mercado da bola e com seus bancos quebrados, sem reservas no caixa.

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Para essas últimas 10 rodadas, a tabela de classificação ficou dividida em três distintos blocos: do Palmeiras (53 pontos) ao São Paulo (49); do Coritiba (44) ao Sport (39); e do Atlético Mineiro (34) ao lanterna Vasco (26).

Cinco pontos separam estes três grupos. E cinco pontos a essa altura é muito ponto para ser tirado – daí a dificuldade que o Coxa terá para buscar a cereja do bolo de aniversário de 100 anos.

Também significa que o campeão sairá do primeiro bloco e os quatro do apocalipse sairão do terceiro, por supuesto.

A parte de cima do bloco intermediário (encabeçada pelo Alviverde) vai tentar ainda "filar" uma cadeira na Libertadores e a parte de baixo (do bloco intermediário, repito) só vai cuidar para que as chamas da Segundona não lhes queime o traseiro.

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Este cartunista – e dublê de cronista esportivo, como se vê – foi um dos que chiou quando entrou os pontos corridos no Brasileirão.

É que na primeira edição com a nova fórmula, o Cruzeiro levantou a taça com muitas rodadas antes do final, tornando um tédio a seqüência do torneio.

Se todo ano for como este – o melhor de todos até agora por pontos corridos – nunca mais será falado em mata-mata por aqui.

Está ficando bom este negócio de botar pontos para correr...

tiagorecchia@gazetadopovo.com.br

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