• Carregando...

Ôpa! Parece que finalmente a arbitragem do futebol brasileiro caminha em direção à "high-technology", "up-to-the-minute technlogy", aos recursos eletrônicos, ao apoio da ciência para debelar de vez o "errar é humano" no apito, este maldito sibilo que altera tabelas de classificação pelos campeonatos do país e mundo (vasto mundo, Nego?) afora.

– Será, cumpadi?

Bem, o que se viu no clássico paulista "Parmêra" e "Curíntia", com a novidade da arbitragem eletrônica em que o dono do apito Cléber Wellington Abade dividiu microfones e responsabilidades com os auxiliares Ana Paula e Evandro Luiz Silveira, é que prevaleceu ainda o "falha nossa", o incorrigível erro humano, arbitrário, pois não somos divinos, ora pois!

Todo mundo viu que el gringo Tevez fez um golaço, depois de ganhar a bola de Leonardo Silva e disparar para o gol. Abade, Ana Paula e Evandro também viram, mas como queriam experimentar – e justificar – a novidade eletrônica, trocaram um diálogo de cego/surdo/mudo que poderia ter sido mais ou menos assim:

– Foi falta do Tevez no zagueiro, Abade!

– Foi mesmo, Ana? Você viu isso?

– Quem viu foi o Evandro. Não ouviu ele?

- Evandro, foi falta? Evandro? Alô, Evandro, foi falta? Evandro?

– Hein? Ah, sim. Foi! Não me ouviu?

– A Ana me contou. Então foi?

– Foi.

– Vou anular!

– Anule, senão o Leão me engole vivo aqui!

(Ei! Tire suas garras de cima de mim!)

– (Priiiiii!)

Tudo bem... Foi só um teste, e o presidente da Comissão de Arbitragem da Federação Paulista de Futebol, Marcos Marinho, garantiu que o equipamento vai melhorar muito ainda. Mas por precaução os laboratórios estão suspensos nesta reta final do Paulistão.

Por ora só conseguiram sofisticar o erro na arbitragem. Erro "high-tech".

***

Este dublê de cronista esportivo não assistiu aos jogos da semifinal do Paranaense por motivo de viagem imprescindível. Mas viu, leu e ouviu reportagens sobre.

Observações do dublê:

* O árbitro Antônio Moraes, de Rio Branco x Paranito, borboleteou não marcando pênalti de Mussamba no parnanguara Ratinho, aos 21 minutos da etapa final. Indenizou o Leão cinco minutos depois, enxergando penalidade de Neguette em Rodrigo. Para mim não foi. Se eu tivesse microfone conectado a Moraes, ele não teria invertido os penais.

* Dos dois leões, o de Campo Mourão e o de Paranaguá, só o primeiro ainda tem voz para rugir contra o Cori. O outro está mais para o leão de Dalton Trevisan:

– Ele não tem dente?

– Tem sim, não vê?

– Não tem é força para morder".

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]