Passadas quatro rodadas, o PR-11 está com o jeitão do PR-10. No Estadual do ano passado, após as mesmas quatro rodadas, o Coxa liderava com 100% de aproveitamento, mesmo tendo de jogar fora de seus domínios por causa daquela punição do STJD, etc e tal.
O Atlético contabilizava campanha mais desagradável ainda do que a atual. São seis pontos somados com as duas vitórias, sobre Corinthians-PR e Iraty, contra cinco pontos oriundos de uma vitória, dois empates e uma derrota do Paranaense de 2010.
O Operário foi o Arapongas do ano passado, surpreendendo o Furacão dentro da Baixada; a torcida ponta-grossense já anotou o time da capital como cliente preferencial em seu caderninho, vejam só.
Ou seja, se a campanha que o Furacão vem desenhando neste início de temporada está deixando a arquibancada rubro-negra com gastrite, vale lembrar que foi ainda pior na edição passada e mesmo assim o time disputou pé a pé o título com o Coxa.
Já o Paraná do PR-10 era um Paraná bem melhor do que o Paraná atual. Enquanto hoje só beliscou um solitário pontinho dos doze disponíveis, ano passado tinha abundantes sete pontos, superando os seis do Atlético.
Segura a lanterna mirando-a para alguma salvação, que pouco provável virá do atual time, renovado e inoperante; ou da dupla KK, Kelvin e Kerlon. O primeiro não quer jogar, quer negociar, o segundo quer jogar, mas não pode, em razão de sua vasta coleção de contusões.
Se a bola continuar sendo chutada como está sendo, o Coxa levará o 1.º turno sem muitas dificuldades, até com algumas rodadas de antecedência. E o 2.º turno não seria muito diferente; a menos que o Atlético apesar do péssimo momento é o mais talhado para o serviço breque o avanço alviverde. Para isso é necessário vestir chuteiras da ambição e jogar futebol que um time de seu naipe tem de jogar.
Claro que dá tempo ainda do Paraná acordar de seu sono profundo e disputar o título. Mas quem se candidata a lhe beijar para que desperte?
"É inútil se não quiser ganhar dos melhores e ser o melhor", assim falava o controverso técnico britânico Brian Clough, no filme sobre sua magnífica e meteórica trajetória no futebol britânico.
Dirigido por Tom Hooper e interpretado pelo seu parceiro de qualquer hora, o excelente ator Michael Sheen, Maldito Futebol Clube (The Damned United), de 2009, é um dos melhores longas sobre o esporte bretão.
Estranhamente não foi lançado nos cinemas brasileiros, apenas disponível em DVD. Descobri o filme recentemente, com dois anos de atraso, bisbilhotando uma locadora antes tarde do que nunca.
Ninguém precisa ser um Clough, mas sem um mínimo de ambição não se consegue nem mesmo dirigir um automóvel, imagine um time de futebol.
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