• Carregando...

A primeira rodada do Bra­­si­­leiro A e B foi curiosa para nossos três participantes. Curiosa não, engraçada. Uma espécie de comediazinha malfeita, com piadas ób­­vias; daquelas que você ri de si mesmo por estar ali assistindo aquilo.

Mas, como as cortinas só abriram agora, esperemos pelos próximos atos para ver qual é, afinal, desta peça.

O Coxa, um dos protagonistas do espetáculo Série B, que segundo a crítica especializada é favorito ao troféu de melhor ator, junto com o Sport, retornou ao palco do Recife – onde foi campeão da Se­­gundona em 2007, contracenando com o Santa Cruz – e levou três tiros do Náutico, de Carlinhos Bala e Cia.

A trama só não se transformou em tragicomédia porque Marcos Paulo fez um solo e tanto, soltando as pernas para cima da zaga capibaribe e fazendo um golaço. A plateia, arrebatada, murmurou em uníssono um "ÓÓÓhhh".

O diretor da trupe alviverde, Ney Franco, pede pelo amor de Deus para que não transformemos sua comédia de estreia em terror, vendo fantasmas onde não existem.

Claro que, com os desfalques dos atores de frente Ariel e Marcos Aurélio, não era de se esperar um enredo muito bom. No entanto, um empate era o mínimo que os espectadores alviverdes esperavam para o desfecho do encontro nos Aflitos.

Com seu mocinho morrendo no final, com três balaços, foi um desfecho surpreendente e desagradável ao público do Alto da Glória.

O teatro mambembe do Coxa vai se apresentar em Joinville para o próximo capítulo de seu novo show na Série B. Ney Franco terá de definir melhor que tipo de drama quer escrever para o Coritiba nesta temporada.

No Pacaembu, assistimos a uma peça mais bem definida, com um só protagonista, o árbitro Marcelo de Lima Henrique. Ele realizou uma encenação prodigiosa, sem falhas, com gestos seguros levantando cartões, soprando o apito com fôlego entusiasmado para, como que cumprindo um script bem decorado, virar o jogo em favor do Corinthians, frente ao seu antagonista Atlético.

Dois a um e poderia ser mais, se a peça se alongasse além dos noventa e tantos minutos.

Já na Vila Capanema revelou-se um novo talento para o palco tricolor: Leandro Bocão. Contra­­cenando com Marcelo Toscano, fez dois dos três gols que levaram o vice-campeão mineiro, o Ipatin­­ga, a voltar para casa molhado, gelado, e sem entender coisa alguma da exibição primorosa do dono da casa de shows – quando quer – futebolísticos Durival Britto.

Contrariando os críticos, quer mostrar que os holofotes também lhe caem bem tanto quanto para os atores principais da Segundona, mesmo não tendo um rostinho assim tão fotogênico.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]