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Artilheiro do Atlético no Brasileiro com seis gols, Pedro Oldoni está fora do time há tempos, não dando as caras nem no banco de reservas. Lo que sucede, hombres? Li que Oswaldo Alvarez tem exigido dele treinar e melhorar "fundamentos básicos".

Se Oldoni é um dos relacionados entre os principais artilheiros do campeonato, com apenas sete nomes acima dele – dos quais Dodô, do Botafogo, encabeça com nove gols –, que diabos teria feito ele de tão errado para ser colocado de molho?

Que fundamentos básicos seriam esses? Fazer gols? Oldoni xingou a mãe de alguém? Foi pegar um cineminha no mesmo horário dos treinos da equipe?

Também li que Dagoberto estaria por trás disso. Não por disputa de vaga no ataque, claro. Seria retaliação da diretoria, pois Oldoni e Dagoberto têm os mesmos donos de seus passes. Os mesmos que estão enfiados em lenga-lenga jurídica entre o CAP e o atacante de Dois Vizinhos.

Só pode ser isso. Pois ter de contar com o reserva Marcos Aurélio – com passe certeiro de Michel, outro reserva! – para mitigar as dores de uma derrota que já estava por vir de Florianópolis é no mínimo o máximo da estranheza.

O Atlético é hoje um time chato, amarrado, estúpido e desleal com seus fanáticos. Todo torcedor rubro-negro, quando vê seu time entrando em campo, deve pensar: "O que terei hoje? Me dará mais um golpe de acrimônia na minha já azeda vida?".

Pois o torcedor que não conte com dias adocicados porque eles não virão enquanto não forem abertas as portas da masmorra em que foi trancafiado o promissor futebol do CAP desses últimos anos. Se não forem abertas logo, trocará de lugar com o Coxa ano que vem.

Quem tem as chaves?

***

Conheci Febre de Bola – A Vida de Um Torcedor, de Nick Hornby, há uns dois meses, por acaso, fuçando preguiçosamente numa livraria. Hornby é novelista inglês, autor de Um Grande Garoto, Falando com o Anjo, entre outros títulos que ainda não li. Acho que a maioria dos curitibanos – de classe média-com-algum-dinheiro-no-bolso – conheceu Hornby, como eu, através da peça que o também curitibano Felipe Hirsch montou, em 2000, a partir do romance Alta Fidelidade, de Hornby, adaptando para A Vida é Cheia de Som e Fúria. Acho que todos lemos o livro, assistimos ao filme e a peça do Felipe.

Em Febre de Bola, Hornby relata sua sofrida vivencia como torcedor do Arsenal, time tão popular quanto perdedor.

Em trecho do livro diz que "apesar do sofrimento dos torcedores de futebol (e trata-se de sofrimento real) ser particular, somos forçados a sofrer em público, cercados de pessoas cuja dor se expressa de formas diferentes da nossa".

O CAP é o nosso Arsenal?

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