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Estão certos o Atlético e o Paraná em colocar em campo seus reservas, suas equipes "B-sides". Assim ambos têm mais chances de melhorar sua trupe titular. Mais água no feijão, mais tempero na massamorda. Ainda mais em um campeonato em que oito times, entre dezesseis, ainda seguem com os pés na estrada. Ficar em primeiro ou em oitavo, neste caso, dá quase na mesma, senão na mesma.

Fosse o torneio regional por pontos corridos, não haveria essa moleza, esse luxo, ah, não.

Portanto, prioridades são prioridades: o CAP, de olho na Copa do Brasil, vai amanhã de Ventania novamente contra o Paranavaí, no interior, enquanto os principais homens rubro-negros batem uma bolinha suave por aqui, esperando domingo chegar, quando receberão a piazada do Coxa, na Arena. Carne de pescoço para a turma reservista, mignon pros honoríficos.

No Paraná a mesma coisa: voltam à cena os "very important people" tricolores contra o Cobreloa, para sacramentar a entrada em alto estilo no Grupo 5 da Libertadores, onde dividirão um salão nobre com Flamengo, Real Potosí e Maracaibo. À turma B paranista resta assistir ao jogo e depois encarar o Cianorte – vice-líder – no dia seguinte, na mesma Vila Capanema. Mais carne de pescoço.

Mas também está certo o Coxa, que não tem time A, B ou C, mas tem uma turminha "teenage" pronta pra aprontar. É o seu "team-teen", que vem agradando a combalida nação alviverde. O Alto da Glória segue alimentando a gurizada com vitaminas, lipídios e sais minerais, apostando no retorno a curto, médio e longo prazo.

Até o Brasileirão B, os imberbes atletas já estarão barbados, e com a experiência adquirida tomarão a chefia da casa alviverde.

O clássico, ainda

Mesmo que o Paraná tenha jogado com sua versão B – o Flávio no gol é meio time titular, ainda que tenha feito aquele "quase-frango", ou não? -, não é exagero dizer que a gurizada Coxa deixou um recado a amigos e inimigos: o que está precisando o CFC é de sangue novo, frescor da juventude e renovação das expectativas no Couto.

É comum se dizer que todo clássico é fronteira de uma fase a outra. O Paratiba pode ter funcionado pra isso. É muita responsabilidade pra piazada? Eles estão ali pra errar também, como todo mundo. E se errarem na Arena com os homenzarrões rubro-negros, paciência.

Tem uma frase bacana no "Melhor do Mau humor", de Rui Castro, atribuída a uma atriz americana, Tallulah Bankhead: "Se eu pudesse voltar à juventude, cometeria todos aqueles erros de novo. Só que mais cedo".

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