Quando foi jogar em Curuzu, Belém, contra o Paysandu, o Coxa contava com apenas 15% de chances de retorno à Primeira Divisão. Voltou de lá com possibilidades mais que duplicadas (36%), quando engoliu o Papão por 3 a 1.

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Agora, depois da tragédia com o Galo mineiro no último sábado, no Couto, suas chances esvaziaram para 4%. Cruéis os números. Ao contrário do que esta coluna já afirmou, eles não só ferem como matam, sim, senhor.

Resta aos alviverdes a resignação. Foi um ano podre, onde o único brilho, solitário, foi o título simbólico do primeiro turno da Série B.

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O técnico Bonamigo nomeou o mês de setembro como responsável pela derrocada. Não é pra menos: de oito jogos, venceu apenas o primeiro, contra o Remo, por 3 a 2. De resto somou quatro derrotas e três empates. Negro, o mês.

Bona lembrou também a ausência de jogadores que vinham num ritmo frenético e que pouco jogaram no início do segundo turno, como Anderson Gomes, Caio, Paulo Miranda e Índio.

Mas se 4% é pouco, ainda é melhor que nada. Um fiapo de esperança, que Gionédis tenta alongar lembrando do jogo épico entre Grêmio e Náutico no ano passado, quando os gaúchos confirmaram sua máxima de que "não está morto quem peleia".

Ganhar os dois últimos jogos até não parece tão distante; duro é acreditar que Náutico e América não vencerão nenhum dos dois compromissos que restam. Jogando em casa, os dois alvirrubros já estão com o chope preparado, pode crer.

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A 36.ª e antepenúltima rodada será de moer os nervos, como vêm sendo quase todas estas partidas finais do Brasileiro para quem disputa alguma coisa, como o Paraná, que precisará da vitória, e só ela, contra o Inter, na Vila. E apostar no sucesso do São Caetano – vivendo estertores de aflição, na 18.ª posição – contra o Vasco, concorrência forte ao Tricolor por um lugar ao sol da Libertadores.

Depois disso é dar o golpe de misericórdia no próprio São Caetano, pela penúltima volta e, na última rodada, sacramentar a vaga diante do São Paulo, que àquela altura já virá à Vila Capanema com a faixa de campeão, entregue pelo Atlético com Dagoberto&Cia., dublê do Furacão nesta reta final do torneio.

Dagoberto, pela vontade que vem demonstrando em se redimir com a torcida rubro-negra depois dos flertes com gente estranha, e pelo bolão que joga, poderia ser escalado também no jogo de amanhã contra o Pachuca, pela semifinal da Sul-Americana. Nem que comece pelo banco.

O que não dá é o Atlético jogar com pachorra contra o Pachuca.