Depois da conquista da Copa das Confederações, Dunga já goza de popularidade com índice lulista, próximo aos 80%. Com isso, a Era Dunga acaba de ser ratificada e oficializada. Quem não gosta de Dunga agora terá de gostar; terá de engolir ele mais o Jorginho. A dupla, uma espécie de Batman e Robin do futebol, vem contrariando as expectativas e invertendo opiniões a seu respeito.
Na sala de troféus da Bat Caverna, onde já se encontra o oitavo título da Copa América para o Brasil, se junta agora o terceiro êxito na Copa das Confederações que no início atendia pela alcunha "Copa Rei Fahd". Dunga e Jorginho ainda lideram as Eliminatórias para o Mundial. Nada mal para a jovem dupla dinâmica.
Claro que a Copa das Confederações é só um acepipe para o Mundial. A Fifa tomou a ideia do cardápio do Rei Fahd para aquecer as panelas dos países que logo em seguida serviriam o prato principal, com 32 nobres convidados à mesa para o passadio, contra apenas oito gatos pingados da etapa de aquecimento que é o torneio das Confederações.
Portando, esta copinha da África é só um treino para a sede adquirir experiência para o Copão Mundial. E a África, afora as enervantes vuvuzelas e os gramados irregulares com alguns enlameados nas extremidades, como vimos pela tevê, deve ter passado no teste. Até porque seria tarde demais para deletar os anfitriões sul-africanos. Agora vai assim mesmo. Os fabricantes de cornetas e de tapa-ouvido deverão faturar mais que a Fifa.
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A Gazeta do Povo Online foi o único portal que publicou corretamente a tabela de classificação do Brasileirão lado A, logo após o fechamento da oitava rodada. Os outros grandes portais do país fizeram um cocoré dos diabos.
Primeiro colocaram, corretamente, o Náutico na zona de rebaixamento, em 17º, com o Atlético o nosso, claro em 16º, à beira do abismo. Em seguida trocaram as posições dos dois gêmeos na classificação, agora com o CAP na ZR. Daí alguém teve a brilhante ideia de ler o regulamento, como o pessoal de Esportes da Gazeta já havia feito ou já sabia (que tal um aumento depois dessa?). Acompanhei, clique a clique, o impasse.
Quando o Náutico despontava em 16º, o critério adotado foi o 4º do regulamento, o confronto direto (3 a 2 para o Timbu na Arena). Só que esquecerem de observar o parágrafo primeiro do 4º critério, que pede que a soma dos jogos de ida e volta, ou "jogo de 180 minutos".
Como só temos o jogo da ida, o próximo critério de desempate, então, é o menor número de cartões vermelhos recebidos. O Furacão tem apenas o vermelho de Marcinho, na 5ª rodada, contra o Galo Mineiro. O Náutico contabiliza Vagner e Derley avermelhados.
Nesta altura do campeonato isso não é grande coisa. Mas vai que temos de usar o Artigo 13 na 38ª rodada? Tomara que não.