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"Olha aí, freguesia, é o carro do sonho que está passando... Levando cinco sonhos, paga só três reais".

Este é um trecho do alto-falante do carro que vende sonhos, e que até ganhou reportagem nesta Gazeta. Os confeiteiros já contam com vinte carros espalhados pela cidade.

Todo santo dia estacionam um deles debaixo de minha janela e tenho de abandonar meu trabalho enquanto eles vendem o deles. A voz repetitiva ataranta a concentração. Mas como todos têm de vender seus sonhos, paciência.

E não é que o Atlético também tem seu carro de sonho?

Depois de longo inverno, a direção do rubro-negro convoca a massa atleticana para encher a Baixada, contra o Vitória da Bahia, pela Copa do Brasil, na próxima quinta-feira.

O torneio era a menina dos olhos do CAP para este primeiro semestre, que apostava em Alex Mineiro, Denis Marques, Ferreira e companhia para levantar o caneco e voltar à Libertadores. Mas com a goleada por 4 a 1 no primeiro jogo, em Salvador, viu seu sonho murchar, e agora vende o mesmo produto com 50% de desconto.

Atrás dos gols custa R$ 30,00, passou a quinzão – valor dos sonhos da galera. Nas retas o torcedor mais endinheirado costuma pagar R$ 40,00; com a promoção, paga só R$ 20,00.

Com o time completo e inspirado e estádio cheio, é bem capaz de devolverem a goleada ao escrete baiano.

É o carro do sonho rubro-negro que está passando...

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Já o sonho Coxa de seguir na Copa do Brasil está mais fresquinho. Amanhã só precisa de empate em até 1 a 1 contra o... como é mesmo o nome? Ah, Ulbra, de Rondônia.

Nos cafundós de Ji-Paraná empatou por 2 a 2 e com a volta de Pedro Ken (Marlos encalhou no departamento médico) juntando-se a Keirrison e Mancha – mais Henrique e Artur lá atrás – tem oitavas-de-final pela frente. Com isso feito, o Alviverde pode até aumentar o volume do alto-falante de seu carro de sonhos.

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A Federação Paranaense de Futebol tem sido um pesadelo pra muita gente, e agora está também tirando o sono de Zetti, puxando seus lençóis e fazendo-o botar seu time em campo com apenas 48 horas depois do jogo contra o Potosí, marcado pra dia 10.

Como os cartolas do Tarumã não andam se bicando com a CBF, passaram por cima do regulamento que pede um intervalo mínimo de 66 horas de um jogo pra outro, e marcou o clássico com o Coxa dia 12, quinta-feira.

Uma perversidade contra os atletas e a torcida. Se os tricolores querem o bicampeonato regional, precisam passar seu carro de sonhos longe da Federação.

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