Janela indiscreta

Joseph Lee, empresário de Marcelinho Paraíba, é uma espécie de L.B. Jef­fries, protagonista do clássico "Janela Indiscreta", de Al­­fred Hitchcock.

No filme, o personagem vivido por James Stewart, Jeffries, é um fotógrafo imobilizado por conta de uma perna quebrada e forçado a um confinamento em seu apartamento, passando o tempo bisbilhotando os movimentos das janelas do prédio em frente com um binóculo.

Sua diversão voyeurista muda de foco quando suas lentes captam cenas que lhe sugerem um assassinato. Joseph Lee, o executivo de MP9, manteve, até o final da tarde de ontem, seu binóculo apontado para a janela europeia. Pelo jeito não avistou nada. Ainda lhe resta a Inglaterra, que só fechará sua janela hoje, por conta de feriado, ontem, na terra de Hitchcock.

Lee já enxergou convite em janela da Coreia do Sul e Catar. Uma janela alemã também es­­teve aberta, porém seu pupilo Marcelinho rejeitou reentrar por ela, como também refutou a janela dos sul-coreanos e mandou o país do Golfo Pérsico se catar. O que havia no interior destas janelas não lhe interessou.

Joseph já admitiu que passará setembro inteiro com seu binóculo mirando janelas que ainda se abrirão na Ásia e Arábia; basta que seus olhos encontrem o objeto de desejo, a senhora grana, para que o roteiro de MP9 no Coritiba ganhe outro desfecho.

Portanto, tudo indica que o suspense hitchcockiano "fica-não-fica" por conta de janelas indiscretas continuarão a atormentar a torcida do Alto da Glória que, mesmo contanto com um dos artilheiros do Bra­­sileirão, vê seu time a um ponto do grupo do rodapé da tabela de classificação. Imagine como não ficaria o Coxa sem os gols do homem que veio de Campina Grande?

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Los 3 estão perigosamente parecidos na tabela de classificação: Atlético em 14.º, com 27 pontos; Coxa em 15.º, com 25, na Série A. No b-side do Brasileirão o Paraná Clube – como o CAP – também ocupa a 14.ª posição, com os mesmos pontos do Cori, 25.

A luta para ficar onde se está continua.

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Agora com a reta da Brasílio Itiberê – com todas as cadeiras vendidas –, o Atlético deverá subir ainda mais sua média de público, levantada pelo jornal O Globo na semana passada. A 11.ª posição neste ranking, envolvendo as séries A, B, C e D, não é nada mal. O Coxa, 16.º, terá de se mexer para chegar junto ao rival.

Quanto ao PR Clube, só com uma arrancada avassaladora na Série B para melhorar sua marca (40.º). Talvez isso – um desempenho bem mais significativo – também sirva para o Al­­viverde aumentar seu público pagante.

E sem Marcelinho Paraíba isso se tornaria bem mais distante, longe. Nem um bom binóculo resolveria o problema.