Dá preguiça... Quando você vê um Fred, do Fluminense, em entrevista coletiva, logo depois do desembarque no Rio, depois de mais um jogo bobo comandado por Mano Menezes diante de uma seleção de ponta (3 a 2 para a Alemanha), com cara de bobo segurando em uma das mãos uma conta de boteco, aí não dá.
Não é porque um grupo bobo de torcida organizada flagra ele com uma turminha boba de amigos tomando caipirinha que ele tem de nos ofender com um "não, não foram sessenta caipirinhas, foram só 26". Não dá. Como um cara bobo desses, com seus empresários tão bobos quanto, consegue chegar à seleção brasileira? E olha que o futebol dele tem sido bobo demais para vestir a mítica camisa amarela.
Será que é com esta bobagem toda que iremos sediar a Copa? Com Mano Menezes e seu papo bobo de sempre? (Ele me lembra um [um?] sujeito que tinha a mesma conversa mole; sorte nunca mais cruzar com a figura). E mais as bobagens ditas pelo governo federal de que está tudo sob controle (obras e gastos), e que faremos a melhor das Copas? Até aqui, muita interrogação. Sou muitíssimo a favor da Copa aqui. Mas não desconsidero pedir meu ingresso de volta.
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Falando em bobeiras, confesso que nunca dei bola para esse tal João Sorrisão um joão-bobo, ou joão-teimoso, brinquedo que nossos bisavós já curtiram , promovido pelos programas de esportes da Globo, em particular o Esporte Espetacular, mentor da polêmica criatura.
Entendo a irritação daqueles que acham que João Sorrisão teria banalizado a comemoração do gol, subtraindo a criatividade e diversidade da celebração por parte dos jogadores. De fato, quando atletas se perfilam em frente às câmeras de tevê balançando o corpo como o boneco, parece que colaram repentinamente um trecho de filme pastelão ao jogo.
E eles fazem isso porque querem, não são obrigados. E aposto que tem jogador que, depois de fazer o gol, repete o gesto bizarro com algum constrangimento, só para levar o boneco de plástico para o filho que pediu, ou sobrinho, ou mulher, ou avó, sei lá.
Já li todo tipo de opinião a respeito de Sorrisão. Gente que acha abuso de poder da Globo; gente que acha que a Globo deveria se ocupar em levantar as denúncias de corrupção na CBF; de ficar atenta aos desvios na Copa 2014; gente que acha que João é o símbolo do fim do jornalismo esportivo inteligente.
Gente que quer que a CBF regulamente a comemoração; gente que está com saudades que chupem o dedo; que façam coraçãozinho; que digam "mãe, eu te amo" e por aí vai. E todos, claro, estão certos.
(E balançar como um joão-bobo vai na mesma linha das pernas cruzadas em referência a uma marca de rum, que andam fazendo por aí.) Mas não nos preocupemos: como todo modismo, este é mais um que vai passar; e provavelmente a maioria de nós irá sobreviver ao João, ao rum e ao futebol bobo.
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