A torcida atleticana está tão passada com o futebol jogado em casa que prefere acompanhar só os jogos no estrangeiro. Amanhã o time vai ao Anacleto Campanella enfrentar o vice de 2001. O São Caetano é outro, como o CAP, que não empata. Mata ou morre. Iguais em V, E e D. Na linha do SG o Rubro-Negro é menos pior com zero. Quatro gols negativos para o São Caetano. O passado recente no torneio condena ambos. Mais um empate à vista.

CARREGANDO :)

Se Givanildo não sobreviver até à Copa, Adilson Batista é o nome. Toninho Cerezo e Ivo Wortmann, os dois vivendo de salário-desemprego, não batem Batista na preferência dos maltratados rubro-negros. Cerezo ninguém sabe ninguém viu. Wortmann "tem uma eterna cara de coxa-branca", como diz um amigo com cadeira cativa na Baixada. Os catarinas do Figueirense que torçam pro Giva vencer em São Caetano do Sul. Uma derrota e eles perderão seu técnico.

Ou não é nada disso e os nomes não seriam esses? Ah, o futebol e seus palpiteiros de plantão. E este dublê de cronista esportivo, palpiteiro eventual, semanal ("ainda bem!" – ouvi ali na segunda fila) acha ainda que Givanildo deveria ser menos castigado pelos leões na Arena. Mais paciência com o cabra da peste, orra! Vai que ele dá uma arrancada e põe o time entre os Top 10 até o início da Copa alemã?

Publicidade

E tem outra, importante: os jogadores atleticanos simpatizam com o recifense. Quando fazem gol, oferecem ao mestre com carinho, correndo para o abraço junto ao banco. Num deles, o da vitória sobre o Santa Cruz, Pedro Oldoni quase esmagou o miúdo e exausto "professor". Como se vê, os atletas não desejam que ele, Giva, vá embora deixando no Sul um "lembranças de Pernambuco", com uma lista comprida de derrotas.

***

"Boto fé na rapaziada". Caio Júnior acredita no time. A crítica é favorável. A torcida paranista nem tanto. Muitas lesões nas pernas e no placar final. Caio treina a equipe na enfermaria. Com jogos no meio da semana, vai faltar analgésico.

A zona de rebaixamento está próxima, mas o campeonato é longo. E o time é bom, por supuesto. Na minitour não venceu o Flu e o Corinthians por bobagem. Jogou mais e não levou. Contra o Fortaleza, idem. Empatinho, um pontinho. Flávio merecia coisa melhor, de novo.

Quem não faz, toma. Quem toma, cambaleia. Quem cambaleia, pode cair. Pernas pra que te quero contra o Figueirense do Adilson Batista, amanhã, na volta para casa, no estádio dos ventos uivantes, do Severiano, o Inocente.

Publicidade

***

O Coxa de caso novo, antigo: Bonamigo. Descobriu onde estava o erro no time, vejam só! Nada de 4–4–2. "O bom, amigo, é o 3–5–2", ensina. Funcionou. Tirou Ricardinho do porão do ostracismo que Estevam havia colocado e o lateral-esquerdo agradeceu com dois gols na estréia do Fiel. Hoje tem Ituano pela frente, valendo liderança. Se Bonamigo agora descobrir mais coisas boas do porão, vai pras cabeças.

Não é fácil vida de técnico. Mais difícil do que de soldado na Faixa de Gaza. Ou em São Paulo.