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O texto abaixo foi descaradamente copidescado do blog Los 3 Inimigos, do portal da Gazeta do Povo, escrito por este cartunista – e du­­blê de cronista esportivo – na ma­­drugada de domingo para segunda-feira, complementado com mais filosofadas futebolísticas e com o objetivo confesso de alcançar os caracteres necessários da coluna:

No lusco-fusco do primeiro turno da Série A, o Coxa fez bonito no "templo máximo do futebol", o gigantesco Maracanã, e bateu o Flu­­minense com apreciáveis 3 a 1 – onde até Pedro Ken jogou bem, veja só.

Marcelinho Paraíba fez mais um gol – o segundo dele do jogo – do tipo que vem se transformando em sua marca registrada: driblar zagueiros, goleiro e botar suavemente a bola para dentro do gol. Entrar com bola e tudo, no gosto popular. Gol quase idêntico àquele contra o Cruzeiro, que fez em resposta às vaias da torcida do Alto da Glória. E ao contrário de suas comemorações habitualmente contidas, celebrou de uma maneira tão estranha quanto a pro­posta de Mário Celso Petraglia de vender o Couto Pereira para con­­­cluir a Arena da Baixada.

MP9 disse que sua comemoração "veio do nada", apenas lembrou que fazia isso quando jogava na Alemanha – por Hertha Berlin e Wolfsburg: arrancar um pé de chuteira, pedir a algum companheiro que a lance para o alto e em seguida voa para agarrá-la, feito um goleiro, com o requinte da "ponte".

Como nada vem do nada, talvez MP9 esteja apenas sinalizando inconscientemente que os bons momentos da Alemanha serão revividos por ele no Alto da Glória. Es­­pera-se que as chuteiras vice-goleadoras do Brasileirão, com nove gols, voem muito mais vezes para a diversão do atacante coxa, que, mesmo errando um passe ou um escanteio, merece aplausos, não vaias.

Depois do show particular de MP9 no Rio, foi a vez de Paulo Baier confirmar que panela velha faz co­­mida boa. PB10 já é sucesso também na Baixada. É daqueles jogadores que, se não fazem sucesso estrondoso – em times europeus e/ou na seleção brasileira –, são verdadeiros obreiros do futebol nacional, tipo Edmundo, Jair, Washington, o próprio MP9 e muitos outros da estirpe. São os anciãos que emprestam sua habilidade e experiência necessária em qualquer time.

PB10 fez dois e sofreu o pênalti do terceiro. O rapazola Wesley, que jogou uma partida e tanto, pediu para cobrar a penalidade, batendo no peito com a palma da mão para Baier. Paulo disse não e deu o presente para Marcinho – não foi or­­dem do delegado Lopes, não –, mais rodado (28 anos completados em março) e precisando fazer o dele, fechando a noite de domingo dos "experimentados" para a dupla Atletiba; e ratificando a má­­xi­­ma do filósofo alemão G. F. He­­gel, um positivista que garante que a coruja de Minerva só alça voo ao entardecer.

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