Dois sujeitos sentados em banquetas no balcão do bar. Em uma televisão de plasma à frente deles passa um jogo estrangeiro qualquer. Eles beliscam umas chichas e bebericam suas cervejas, profundamente absortos, quando um deles acorda do transe e puxa conversa:

CARREGANDO :)

– Que jogo é esse?

– É... (o outro espreme os olhos e tenta ler a informação no alto da tela, em vão). Sei lá, só estou vendo como jogam. Aquele lateral-esquerdo é muito bom.

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O primeiro saca os óculos e lê:

– Li... lle versus tra... bzons... por.

– Nunca vi.

– Futebol europeu.

– E o Santos, hein? Bancou a permanência de Neymar.

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– Barça e Real dançaram.

– Tava mesmo na hora de mudar isso. Esse negócio de nossos melhores jogadores irem pro futebol europeu já deu pras bolas.

– Três milhões por mês...

– Dinheirão.

– Com um mês de salário de Neymar eu não precisava mais trabalhar.

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– Vamos poder vê-lo até 2014 em nossos gramados.

– Nossos gramados? Pra que time você torce?

– Atlético.

– Então, no mínimo em 2012, você não poderá vê-lo na Baixada, não é?

– Não vamos mudar de assunto. Li que só de mesada, ele ganha...

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Falando em Atlético, recebi essa do Tio Wal, outro da cesta de azoretados:

Vamos aos fatos! A imprensa não comenta os desmandos praticados pelas arbitragens contra o meu querido Atlético Paranaense.

Contabilizei jogo a jogo, desde o início do Brasileirão 2011, que os juízes deixaram de marcar 3.228 (três mil, duzentos e vinte e oito) pênaltis a favor do Atlético.

No mesmo período, os mesmos juízes (bandidos a serviço do terrorismo internacional) marcaram 7.425 (sete mil, quatrocentos e vinte e cinco) impedimentos inexistentes, atrapalhando sobremaneira a evolução do ataque atleticano.

Somem-se a isso 486 (quatrocentos e oitenta e seis) gols anulados incorretamente. Basta considerar esses dois aspectos: 1) Os 486 gols anulados incorretamente; 2) a probabilidade de acerto de 50% dos 3.228 (três mil, duzentos e vinte e oito) pênaltis não marcados.

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Só aí teríamos um total de cerca 1.930 gols! Se acrescentássemos os impedimentos, a soma passaria de 2 mil gols.

É fato mais do que óbvio que, se as arbitragens fossem honestas, o Atlético teria conseguido marcar cerca de 91 gols por partida, recorde absoluto desde que o futebol foi inventado pelo faraó Akhena­­raton IV, há 18 mil anos atrás.

Infelizmente, estes 2 mil gols roubados estão fazendo falta e, atualmente, colocam o time do Atlético Paranaense na zona de rebaixamento.

E a imprensa insiste em não divulgar estes fatos tão evidentes... A verdade, meus caros, é uma só: "contra argumentos não há fatos!!!".

Não disse para o Tio Wal, mas suspeito que sua máquina de calcular está com algumas teclas a mais – ou a menos. E reparei que ele vive chacoalhando um frasco de comprimidos no bolso do paletó esmolambado.

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E eu sem os meus sais paro estômago...