Depois das iguarias bizarras made in China, voltemos ao nosso bom e velho arroz com feijão.

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Mas, antes, só uma ou duas – ou três, vá lá – coisinhas sobre a Olimpíada.

Este cartunista – e já calejado dublê de cronista esportivo – acompanhou de relance algumas modalidades, que são tantas e com tantos desdobramentos que seria necessário implantar um Excel no cérebro para organizar a coisa toda.

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Uma Olimpíada tem modalidade para todos os gostos – ou desgostos. Algumas delas são pré-históricas, outras são apenas chatas, como o pólo aquático, uma espécie de handebol na piscina (O handebol de quadra já é meio enfadonho, uma covardia com os goleiros – imagine, driblar com as mãos!?! – e, jogado dentro d’água, é demais para a paciência).

Se há muitas modalidades esquisitas nos Jogos, o consolo é que já houve outras ainda mais excêntricas. Já ouviu falar em "pelota basca"? E "lacrosse"? Tá, mas em "Jogo da Palma" já viu algo, não? Bem, se isso lhe interessar, Tio Google responde.

Para um evento que já teve corrida de biga e cabo de guerra (este último ainda vive, com um Mundial a cada dois anos), dá para imaginar de tudo em se tratando de competição.

Só lamento nunca terem incluído a bolinha de gude, modalidade em que este cartunista já foi campeoníssimo nas ruas da infância: enchia fronhas de travesseiro com elas. Ah, as cores delas... E o som, quando se chocavam!

Por esquisitice ou por não serem praticadas em um número mínimo de países, muitas modalidades foram banidas dos Jogos.

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O Paquistão, que não ganhou uma medalha sequer na China, poderia ter se saído melhor se o críquete ainda fosse modalidade olímpica. O Paquistão está para o críquete assim como o Brasil está para a corrupção, aliás, o futebol.

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Se a Olimpíada é um entra-e-sai de modalidades, outra que poderia ser anexada é o "Chororô". Nessa o Brasil subiria no pódio seguido.

Jade Barbosa seria nossa heroína. Chorou com bons e maus resultados. Todo close em seu rostinho, suas sobrancelhas em circunflexo indicavam que logo viriam lágrimas em seus olhos.

Daiane dos Santos e Diego Hypólito choraram junto com Jade. Faltaram lenço e medalha na ginástica olímpica.

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Mas a campeã foi Ana Paula, substituta de última hora de Larissa no vôlei de praia. Chorou em todas as partidas. Quando foi eliminada nas quartas-de-final, consta que chorou em português e inglês para os jornalistas do mundo todo.

César Cielo chorou. Maurren chorou. Todo o time feminino do vôlei de quadra chorou. O masculino também, inclusive Bernardinho, que chorou rapidinho, como fala.

Só Ketleyn Quadros, bronze no judô, não chorou. Tem cara de braba demais para isso. Robert Scheidt também não. Com dois ouros e duas pratas no currículo com sua vela, só embargou a voz. Mas foi por pouco.

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E hoje, o Paranito chora?

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