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No começo do ano fui renovar meu contrato com a tevê a cabo NET e pedi informações sobre a promoção na qual você assina o pay-per-view do Brasileirão 2007, Série A e B, e ganha um regional. Pedi o Paranaense e o atendente respondeu que só tinha à venda o regional paulista, o carioca, o mineiro e o gaúcho. Decepcionado, escolhi o Paulista, já que o preço do Brasileiro A e B, com ou sem o regional, era o mesmo.

Claro, a RPC, que comprou os direitos de produzir imagens do Paranaense, vem transmitindo alguns jogos, mas nem sempre é aquele que você quer ver. Nesse caso, o "pague pra ver" seria uma boa solução. Mas isso é privilégio apenas para nossos Estados vizinhos.

Acho que mudarei minha seleção para Brasileiro A e B mais Cartoon Network.

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Ainda não havia assistido a um "Clássico do Café" inteiro (aliás, nem metade) e o último, na quarta-feira, dia 24, chamou atenção pelo bom público e lances extravagantes, com muita catimba e um apagão. Contarei o que vi.

O time da Adap Galo surpreendeu no início, jogando com mais vontade, tendo em Itamar Bernardes seu grande – já viu o tamanho do cara? – personagem, espumando na beira do gramado durante todo o jogo. O técnico adversário, Roberto Fonseca, do Londrina, mesmo esbravejando muito também, não intimidava tanto (caberia uns cinco Fonsecas nas roupas de Bernardes).

Depois de trinta minutos de jogo, apostei todas minhas fichas no Galo – que jogava com a camisa antiga, sem nenhuma menção à fusão com a Adap. O presidente teria prometido aos repórteres que faria um "updating" no uniforme no próximo compromisso da equipe.

Bem, pra minha surpresa – e talvez de Itamar Bernardes –, o Tubarão abre o placar, na metade do segundo tempo, com duplo impedimento com os dois Diegos, o Silva, artilheiro do regional, e o outro.

Quando o Galo estava pra cantar em terreiro alheio, veio o apagão. Se em 30 minutos os refletores não dessem à luz, o jogo estaria encerrado. Com a torcida do Tubarão vibrando, qualquer um pensaria em marmelada.

A RPC, depois de esgotar seu repertório dentro do VGD às escuras, passou a transmitir Botafogo e Madureira – campeão e vice carioca do ano passado – já nos últimos minutos. A primeira imagem que chega é um close em Lúcio Flávio, ex-ídolo paranista, ajeitando a bola pra bater uma falta. Há tempos não via o Lúcio jogar. Acompanhei o lance, mas não deu em nada.

O jogo no Rio tem seu último lance com outro close em Lúcio Flávio, batendo outra falta em vão, quando a tevê volta ao VGD, agora iluminado. Foram vinte minutos de escuridão; mais dez e o Galo perderia injustamente a partida.

O empate veio rápido, também impedido: justiça em dobro. Percebendo que logo tomariam o gol da virada, Fonseca foi trocando atletas pra arranjar mais alguns minutos de apagão, com os substituídos passeando em campo antes de sair. Jogadores do Galo tentavam carregar no colo os dispensados, mas não havia mais tempo.

O juiz apita e fica nisso.

Pensando bem, o Paranaense não é tão ruim.

Se o cabo alcançasse mais longe, veria mais partidas assim.

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