Assim que é o fino. Jogo bem disputado, corrido, suado, à exaustão, às câimbras. Os dois últimos jogos do Atlético, contra River e Palmeiras, foram desse tipo. Duelos que você, se estiver meio divorciado do futebol, pensa logo em reconciliação.
A última vez que se viu um time paranaense envolvido numa bela partida dessas foi na disputa do "título" do primeiro turno do campeonato, entre Paraná e São Paulo, quando o Tricolor paulista, duas vezes atrás no placar, venceu de virada, por 3 a 2.
Assim que é bom. Dá até pra esquecer os "piores momentos", como derrotas idiotas, bobagens da cartolagem e as querelas entre torcida e atletas.
É disso que o povo gosta, depois de dinheiro no bolso. É isso que veremos agora nesta reta final dos torneios A e B do Brasileirão. Quem cai, quem fica. Quem leva vaga para torneios-prêmio, que libertam as dores dos clubes com seus cofres vazios. E quem vai começar tudo de novo no ano que vem do mesmo lugar ou em categoria inferior, comer o pão que não lhe foi dividido e mastigar o que o diabo amassou.
Queremos mais partidas assim. Restam nove rodadas da primeira divisão e oito da segunda. Dez jogos por rodada. Tudo somado, teremos ainda 170 jogos.
Oba!
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Por que um sujeito resolve ser goleiro? Será que em sua vida acostumou segurar todas as barras-pesadas de familiares, colegas, vizinhos? É o cara que sempre diz, diante de embaraços: "Deixa comigo que resolvo"?.
E Tiago Cardoso, vigia das redes atleticanas, é um deles. Só que dessa vez, quando entrou no lugar do contundido Cléber, não resolveu. Com 2 a 0 a seu favor, começou defendendo alguns petardos, mas logo tomou um por baixo e outro por cima. Pobre Tiago.
Qual dos dois gols foi mais errante? Talvez o que levou por cima, com cabeçada desajeitada do ex-atleticano Neto Baiano, que agora quer sair do banco para o gramado, causando alvoroço entre seus concorrentes do Palmeiras. Culpa do Cardoso, que tem outra barra-pesada na família rubro-negra quinta-feira, em Montevidéu, caso Montoya, escalado, também caia de mau jeito.
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Que diabos é essa Copa 100 da Federação Paranaense de Futebol? Pelos registros, a FPF vem de 1914, com a primeira Liga Paranaense de Futebol. Portanto não tem e nem está fazendo 100 anos.
Pelo Atletiba assistido pelos 37 policiais na Arena no último domingo, com alguns deles flagrados bocejando, a Copa 100 pode ter algumas variações, como Copa 100 propósito, 100 público, 100 nexo, 100...
Disso o povo não gosta.
Ah, sim. Uma vaguinha na Copa do Brasil, sempre ela.