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A primeira rodada das séries A e B do Brasileirão deflagrou um pessimismo generalizado entre torcedores e crônica esportiva quanto ao futuro de nossos três queridinhos da bola – o Trio de Ferro, os três arquirrivais, los 3 inimigos.

Também pudera... três derrotas na largada assusta a todos, não apenas ao Zetti, comandante da Vila Capanema. Se os três times paranaenses vestem camisas com cores diferentes, a cor que o trio exibe agora aos nossos olhos é uma só, a da preocupação. E que cor teria a preocupação? Hum... fico com o alaranjado. Nossos três clubes hoje trajam camisas laranja.

No sinal de trânsito, o laranja alerta, pede atenção, cuidado. Mas o laranja também tem outras definições. Vai lá no Howaiss: homem tolo, ingênuo. Ou ainda "o mau regente de orquestra". Em Portugal, tem um uso curioso: "granada na mão".

Num campeonato como o Brasileiro, em que nos últimos 20 anos só houve três campeões fora do eixão (Grêmio, em 1996, Atlético-PR, em 2001 e Cruzeiro, em 2003), só podemos mesmo participar dele com esta cor: laranja. Somos os laranjas do Brasileiro. E disputado com pontos corridos – o mais justo, dizem – ficou ainda mais improvável chegar ao título, disputado verdadeiramente só por times endinheirados.

Este cartunista – e dublê de cronista esportivo – não tem outra expectativa senão a de jogarmos o torneio para não cair de divisão. Temos pouco cacife para disputar de igual com times que podem contar com os serviços luxuosos de um Ronaldo, um Adriano Imperador, um Fred, só para citar alguns que vieram cambiar euros por reais.

Talvez o pessimismo também seja laranja. Mas este cartunista alerta que é otimista: não possui nem uma peça sequer no guarda-roupa que seja alaranjada. Nem bermuda de praia.

O Coxa joga hoje com a Ponte Preta pela Copa do Brasil. Este sim, um torneio para jogar com suas cores alviverdes. Uma competição possível para os menos abastados, mal localizados, mal-entendidos, mal-administrados.

Na Copa do Brasil os laranjas do Brasileirão têm vez.

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