Exceto Vasco e Flamengo, que ainda têm de cumprir um jogo atrasado, o da sétima rodada, marcado para o próximo dia 18, todos os demais times já sapatearam 28 partidas na Série A. Só restam dez. É o número cardinal da contagem regressiva. Dez, nove, oito...

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A rodada do fim de semana definiu bem o que serão as dez que faltam: Não teremos mais briga pelo título, que ficará mesmo no Morumbi. Nosso último bastião, o Cruzeiro, o único que merecia atenção e preocupação dos tricolores paulistas, saiu do páreo quando confirmou sua vocação para Robin Hood, ganhando pontos de abastados e entregando a gente mais modesta, ora mal colocada na tabela.

Perdeu os seis que disputou com o Figueira, primeiro em Floripa e agora no Mineirão, dando escada para os catarinas subirem valorosos degraus acima da zona de rebaixamento. Também presenteou o atual vice-lanterna Juventude com mais seis pontos, não muito aproveitados pelos gaúchos.

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A bondade não pára aí. O combalido Paraná Clube foi agraciado com quatro pontos (três naquele jogão no Mineirão, pela terceira rodada, quando o Paraná era o Paranazão – 3 a 4 – e um pontinho no 2 a 2 na Vila Capanema).

A Raposa ainda praticou outras benevolências a candidatos ao descenso, como Corinthians e Flamengo. Portanto, nosso último baluarte contra o império são-paulino foi ao chão. Entreguemos, pois, nossas armas aos futuros pentacampeões.

Agora as dez últimas rodadas serão para um "Campeonato Brasileiro por vaga na Libertadores", ou, na outra ponta, um "Campeonato Brasileiro para não cair".

Um ótimo cenário para o corre-corre dos "homens da mala". É bom também ficar de olho nas escalações das arbitragens. O Atlético, por exemplo, teve de jogar com o Náutico no Recife sob um apito rio-grandense-do-norte e auxiliares baianos. Claro que não foi por isso que o Rubro-negro tomou o arrepiante 5 a 0, mas é prudente manter a pulga atrás da orelha.

Outubro está aí, e como diz o cartunista e guru do Bacacheri, Don Suelda, "é outubro ou nada".

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A Copa do Mundo na China foi um "Marta Show", segundo a imprensa alemã. "O planejamento alemão venceu a improvisação brasileira", superou a "deusa do futebol".

O famélico futebol feminino brasileiro já foi longe demais com a barriga vazia. As medalhas conquistadas em 2004 nas Olimpíadas de Atenas já devem ter sido trocadas por vale transporte e feijão.

A CBF nem sequer pagou o prêmio pela medalha de ouro no Pan, um fiasco mundial, que a China e a Alemanha talvez não saibam.

Edson Militão, colunista desta Gazeta, matou a bola oito em artigo de ontem: "A tal Liga Feminina não passa de imaginação erótica na cabeça de freqüentadores de sex-shop".

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tiagorecchia@gazetadopovo.com.br