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Quando um Santo André quase vence um São Paulo, no Morumbi, sofrendo o empate só no final da partida; quando um Goiás joga bem melhor que um Corinthians e fica no zero a zero por milímetros; quando um Vitória arranca um empate contra um Internacional dentro do Beira-Rio – mesmo com o Colorado poupando alguns titulares para o jogo de amanhã na final da Copa do Brasil; e quando um Coritiba goleia um Flamengo por 5 a 0, temos a impressão de que o Campeonato Brasileiro e seus implacáveis pontos corridos são para todos, contra todas as evidências que o histórico revela.

De qualquer modo, é bom assistir a luta heroica dos pequenos e valentes Davis contra os gigantes e ruidosos Golias. Ainda veremos mais algumas surpresas em alguma rodada ou outra, mas ficará só nisso.

Se dermos uma espiada rápida na tabela de classificação, veremos que Internacional, Palmeiras e Santos já despontam entre os cinco primeiros. Não podemos nos iludir com as posições de São Paulo, Cruzeiro, Grêmio e Corinthians. Estes só entrarão no Brasileirão depois do desfecho da Libertadores e Copa do Brasil – este título deverá levar mais uma alegria a Luis Fernando Verissimo e engrossar a coleção dos gaúchos.

Não nos iludamos. Aos Davis resta apenas, e no máximo, atingir com seu bodoque uma vaga na Libertadores. Errando a pontaria na Libertadores, acerta a Sul-Americana.

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Desenhei cinco urubus sobrevoando o Couto na charge da edição do último domingo e alguns leitores suspeitam que este dublê de cronista esportivo, além de cartunista, é também algum tipo de vidente, profeta, bruxo.

Não, não pretendo fazer concorrência ao René Simões. Foi só uma coincidência. Mas, por via das dúvidas, farei uma fezinha na Quina na extração de hoje.

Contava com a vitória coxa sobre o Mengo no Alto da Glória, sobretudo pela panela de pressão em que se transformou o Couto depois de cinco rodadas e um pontinho tão solitário quanto porteiro noturno. Mas os cinco pelotaços, sem tomar nenhum, nem o mais otimista alviverde esperava.

Acho que o time alviverde deveria ter poupado alguns gols também pro Náutico, próximo adversário. Espera-se que ainda haja mais no estoque.

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A primeira vitória do Atlético sobre o Sport na Ilha do Retiro pelo placar mínimo foi o máximo, genial. Mesmo com as estreias de Paulo Baier e do técnico Waldemar Lemos, a expectativa dos rubro-negros não era para tanto: nunca antes neste país o CAP havia vencido o Leão em sua toca.

Parece que o socorro vindo do Recife – berço do inventor da crônica esportiva Nelson Rodrigues – vai fazer bem ao Atlético.

Como o próprio Rodrigues disse, "as vaias são os aplausos dos desaminados". Portanto, não desanimemos, e palmas para o Furacão e Coxa, que eles merecem.

Quanto ao Paranito, depois do empatão por 3 a 3 na Vila com Ceará, só um tímido aceno.

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