Noves fora os pára-raios, se diz que um raio nunca cai num mesmo lugar. Para a torcida atleticana cai.
Depois do belo (aos olhos dos inimigos) fiasco no último jogo da Arena templo rubro-negro que vem se firmando mais como uma casa de horror, os incansáveis e crédulos 6.058 torcedores pagantes pediram para que Vadão fosse até a esquina ver se o bicampeonato nacional estava lá e, em meio a gritos de "olé" em deferência aos alviverdes goianos, clamaram pela volta de Geninho, o inesquecível técnico do título brasileiro de 2001.
Vadão obedeceu à torcida e foi até a esquina amarrar seu burro que ganhou no jogo e aguardar por um novo emprego.
Ao contrário destes torcedores, a diretoria do CAP já avisou que não acredita que o raio Geninho caia de novo no mesmo lugar. Não irá relampejar na Baixada como desejam os rubro-negros que assistiram ao apagão do último domingo.
E quem poderia iluminar novamente as coisas por ali? A lista é grande como as incertezas, mas, segundo o site Furacao.com, o candidato mais cotado a Thor, Deus do Trovão, é o uruguaio Gustavo Matosas, director tecnico del Danúbio Fútbol Club.
Ex-craque do antológico Atlético de 1995 e 96, esteve no mês passado na despedida de Paulo Rink, mostrando que os barrigudos também amam a bola.
Seja quem for o nome para atender a forte demanda de sucesso que inquieta a galera atleticana, este terá que ter uma passagem menos efêmera que o relâmpago Vadão, que em sua terceira gestão no CAP obteve mirrados 52% de aproveitamento.
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E o Pintado, hein? Já deu para perceber que seu jogo é agressivo, levanta a aposta mesmo já ganhando o suficiente.
O Paraná conta hoje com o melhor ataque, com 13 gols, dos quais oito foram feitos sob seus olhos, em três rodadas. Quatro no Cruzeiro e quatro no Náutico.
Estes últimos poderiam lhe dar mais três pontos e a liderança, se não tivesse esquecido a panela em fogo alto lá na cozinha. Também tomou quatro e queimou dois preciosos pontinhos.
Certo, Daniel Marques botou a mão na cumbuca antes do rango ficar pronto, mas o "chef" sempre é o responsável.
Taí o Vadão que não deixa mentir.
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René Simões é um sujeito de boas maneiras, de finos talheres. Sabe que a Segundona só tem grosso, mas parece que está disposto a ensinar bons modos para a rapaziada superar o martírio do convívio com a pobreza e desfilar ano que vem nos nobres salões da Primeira Divisão, lugar só de gente fina, de onde o Coritiba Footbal Club foi expulso há dois anos por mau comportamento.
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