Que reta final de campeonato! Todos assistimos embasbacados aos cambapés por que passaram Coritiba e Atlético. O primeiro com derrotas e confrontos campais entre torcida e seu presidente Giovani "Não Saio" Gionédis. O segundo sofrendo com a deserção de seu comandante alemão, que pulou fora do barco quando a batalha se dirigia à grande vitória final. Qual era a pior crise, alviverde ou rubro-negra? Já sabemos agora.

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Segundo tio Houaiss, "crise" significa "o momento que define a evolução de uma doença para a cura ou para a morte". O Atlético morreu. E o Coxa, curou-se de sua enfermidade?

O CAP morreu porque não é mais aquilo que era antes quando contava com "Mateus", o fujão. Virou outra coisa – e ninguém sabe ainda exatamente o quê. Assim como Gionédis, Petraglia também virou alvo fácil da torcida, dividindo com o goleiro Tiago Cardoso os turpilóquios da arquibancada. Ouviu-se na saída do jogo com a Adap queixas do tipo "Aqui é o estádio das proibições. Proíbe-se de tudo, até guarda-chuvas foram impedidos de entrar na Arena. Muitos tiveram de voltar pra casa guardar suas umbrelas ou jogar fora. Agora proibiu-se também que o time jogue bola de verdade".

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Amanhã, pela Copa do Brasil, saberemos mais detalhes sobre a saúde de cada um.

Quanto ao Paraná, este goza de bem-estar e já é dado como finalista deste "Torneio Avestruz".

Giovani "Não Saio" Gionédis poderia bem aproveitar o circunstancial bom astral de sua nação e proclamar seu "dia do fico", com a mesma humildade e eloqüência de D. Pedro.

A idéia é simples: Giovani, depois de uma próxima vitória no Couto, pegaria o microfone e noticiaria algo assim:

"Como é para o bem de todos e felicidade geral da nação coxa-branca, estou pronto: diga ao povo alviverde que fico para devolver o Coritiba à 1.ª Divisão!".

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Se receber vaias como resposta, dá um golpe e implanta uma ditadura, com prisões e tortura para os traidores da pátria verde e branca.

Talvez já nesta quarta-feira, no jogo decisivo com o Náutico, Gionédis já possa anunciar sua "Independência ou Morte".