Como estamos entrando no ritmo de Carnaval, com intermináveis "dum-dum-dum-squiriguidums", este dublê de cronista esportivo também baterá algumas teclas já batidas antes.
O primeiro conjunto de teclas bastante desgastadas pelo uso diz respeito à utilização do recurso da televisão para decidir lances em que a arbitragem não sabe, não viu, não entendeu, mas tem de dar um veredicto em segundos, em cima do lance, na bucha.
São muitas as possibilidades de erros em uma partida e eles, os erros, têm muito mais poder de decidir um jogo do que os próprios jogadores, ora, pois.
Então qual é, afinal, a dificuldade ou resistência em usar os "replays" em socorro aos falíveis árbitros? Tecnicamente pode ser uma coisa simples: um auxiliar instala-se no alto, nas cabines de tevê, com um monitor e sistema de comunicação com o árbitro.
Auxiliar, a bola entrou ou não?
Entrou. Só que pelo lado de fora, furando a rede.
Gracias, auxiliar. Até a próxima.
Isso custaria muito menos tempo e estresse do que discutir com jogadores, comissão técnica, cartolas e ainda correr o risco de levar um radinho de pilha na cabeça.
Se usado o recurso da tevê, o Nacional, de Rolândia, teria mais dois pontos em sua carteira no jogo contra o Rio Branco, de Paranaguá. Com dez, ao invés dos atuais oito pontos, não sairia da vice-lanterna, mas se afastaria mais da queda para a Segunda Divisão, deixando esse privilégio para o Chico Beltrão, com seis míseros pontinhos.
O Nacional pedirá ou já pediu a anulação do jogo na FPF, o que significa o mesmo que nada, pois vale o escrito na súmula, com sua "sinopse" do jogo com mais erros de arbitragem do que de português.
E o mais curioso é que o "não-gol" aconteceu a um dia do aniversário de um ano do "gol de placa" de Willian, que também resultou em empate para o Atlético, contra o depois rebaixado Império do Futebol (que nome esse! Imbatível). O Império também entrou com recurso na FPF, mas lá nunca foi um bom lugar pra se enxergar axiomas. O Nacional é hoje o Império de ontem.
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Recauchutado dos pés à cabeça, Cafu terá, segundo seus cirurgiões, mais oito anos de futebol pela frente. E futebol ainda melhor, garantem. Pô, será que o Coxa não teria cacife pra submeter pelo menos metade de seu time aos mesmos bisturis?
Tá faltando cortar, remendar, corrigir, reformar, tirar daqui, botar ali em muita coisa pelo lado do Alto da Glória.
Bem, vou botar minha fantasia de milionário e ir pra avenida... Squiriguidum pra você também.