O quê? Como? Onde? Ah, sim... Futebol... Então lá vamos. Dei uma olhadinha na tabela dos jogos envolvendo nossos três hombres de la pelota. Com o frio intenso e úmido que vem fazendo, é de se invejar os compromissos de Coxa e Atlético.

CARREGANDO :)

O primeiro está no Rio de Janeiro, onde enfrenta, na boca da noite carioca, o Flamengo em crise – ainda não venceu no Brasileiro; está com os mesmos três pontos do alviverde, com três empates; e ainda vive um tira-teima jurídico com Ronaldinho Gaúcho, com o ex-goleiro Bruno correndo por fora, reivindicando as luvas do Urubu.

Já os três pontinhos inaugurais do Coxa vieram em apenas um jogo, contra a Lusa. Da lanterna saltou para a zona da Sul-Americana (o que não é e nunca será grande coisa), cravando posição exatamente no meio da tabela, em décimo. Vitórias em futebol são tão importantes quanto ceroulas no inverno curitibano.

Publicidade

Neste momento em que este cartunista – e dublê de cronista esportivo – escreve, no Rio está marcando 22 graus, um frio danado para o padrão kara’ïwa oka. Com esta temperatura, nosotros, sulistas, envergamos bermudões floridos, fazendo de conta que vivemos em um país tropical.

Melhor ainda estará o Atlético, em Maceió-AL, onde enfrenta, también hoy, o tradicional CRB – Clube de Regatas Brasil –, fundado em 1912 na praia de Pajuçara. Por lá a mínima está em 20°, com máxima de 29. Além das chuteiras, dá para botar na bagagem uma sunga e protetor solar para depois do compromisso no Estádio Rei Pelé. Li – ou ouvi – em algum lugar que o sol é um excelente antidepressivo. Daí porque somos pálidos e taciturnos, matéria prima em abundância para Dalton Trevisan.

E é com este aspecto tristonho e com pés gélidos que o Paraná Clube recebe seu parceiro de ZR, o Guaratinguetá, na Vila. Com dois empates e duas derrotas, o Tricolor precisará mais do que chocolate quente à beira do gramado. Terá de contar com paciência do torcedor e mais inspiração dos alunos do jovem "fessor" Ricardinho, que anda por aqui com o time e parte da torcida, aquela trupe que vai à Vila com corneta debaixo do braço. Haja ouvidos.

Gostei bastante do retorna à Vila de Lúcio Flávio, um reforço que não pode ser desprezado como tantos outros o foram, por não atenderem as expectativas para compor com o time e colaborarem apenas para encher de ar as citadas cornetas.

Lúcio está longe de ser um "Pelé branco", epíteto ridículo que ganhou da imprensa mexicana em sua malograda passagem pelo Atlas – talvez não tenha tido sucesso por lá porque já começou com esta pecha, um gracejo sem graça. Porém é um excelente meia de ligação e exímio batedor de faltas.

Publicidade

Certamente Lúcio Flávio acrescentará muito ao time de Ricardinho, e não será, esperamos, apenas mais um passageiro da agonia tricolor.