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As imagens dos jogos do trio de ferro na abertura das séries A e B do Brasileirão foram emblemáticas: o chiqueiro do Estádio Baenão, a neblina no Alfredo Jaconi e o muro de Berlim da Arena. Sínteses do que o trio viverá mais vezes nos torneios.

Para o Coxa serão longas e maçantes viagens pela banda mais pobre/podre del país, com chegada em campos minados por buracos, lama, fezes e urina. Vida dura, com atendimento de segunda com locais e datas já marcados. Regalo só em jogos com mando, no conforto de sua casa, onde até elevador tem (tá funcionando?).

No próximo sábado, contra o Guarani, também vitorioso na largada, Estevam pode convocar novamente Fábio Pinto para dar as boas vindas ao Bugre. Tímido, educado e limpinho como todo curitibano, o CFC deverá maltratar o adversário só na bola. Os banheiros do Couto devem resolver assuntos mais, digamos, escatológicos. É a Segundona, meu! Sabendo fazer, carne de segunda também dá bom prato.

Já a neblina às pampas do Jaconi cobriu de dúvidas, as mesmas de sempre, de todo santo ano, quanto ao desempenho/empenho do Paraná no grupão elitizado, a turma da grana, do bem bom. O título de campeão paranaense sumiu na bruma do estádio do Juventude. Onde estava o campeão? Cadê a bola? Juiz, foi pênalti!

– Campeão paranaense? Aqui pra você, ó! – diria um gaúcho caxiense entre um gole e outro de chimarrão – Campeão é coisa de macho, tchê! Enxerga a bola até no escuro! – completaria.

– Perdestes o título pro Grêmio por conta disso então, hein, gauchito? – responderia na lata algum paranista.

Certo, é só a primeira rodada. A névoa de desconfiança que El Paranito trouxe de Caxia do Sul à "Vila, Tá Na Hora" pode se dissipar com o vento uivante/ cortante do Pinheirão já no próximo jogo, contra o Botafogo, outro campeão regional.

Para fechar, rapinho, porque o tempo e os caracteres se esgotam: toda vez que é transmitido jogo da Arena, chama atenção o tapume captado em todos os ângulos pelas câmeras de tevê. O muro foi derrubado, mas o tabique ficou lá, guardando lugar pra que um dia, se Deus – ou Petraglia; ou ambos - quiser, ser ocupado com os assentos faltantes.

O tapume é o muro de Berlim rubro-negro, que simbolicamente separa, desune, corta, divorcia, retalha, enfim, tapa e esconde muita coisa por lá. A torcida já xingou muito Petraglia, mas não havia recebido resposta a la Gionédis antes, devolvendo impropérios no mesmo tom, ou ainda mais sofisticados. Tempos bicudos na Baixada. Censura, xingamentos e um técnico mais perdido que cachorro em caminhão de mudança.

Givanildo insiste que o problema é só a falta de jogadores. Mas talvez a solução seja derrubar de uma vez o muro. Que também pode ser o muro das lamentações.

Isso tudo acontecendo e o Severiano sem poder ver ou ouvir.

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