Os números que a Urbs mostrou após o Atletiba de domingo, na Arena, foram animadores. Com policiamento mais ostensivo, a baderna caiu a um nível menos assustador. Foram danificados, segundo o órgão municipal, sete ônibus. Sete, apenas sete! Parece que não, mas a notícia é boa. Esses sete ônibus já passam bem e voltaram a circular ontem mesmo.

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Para efeito de terrível comparação, o último Atletiba, pelo Brasileirão, no Couto, em 25 de outubro passado, no emocionante 3 a 2 para o dono da casa, a Urbs contabilizou um estrago quatro vezes maior do que este: foram 28 veículos coletivos depredados, com um deles virando ferro velho.

É muito? É, mas tem mais. Nesta mórbida contabilidade entram mais 34 "busão", logo após o jogo do rebaixamento do Coxa, em dezembro último. Total, em três jogos, 69 veículos. Fazer média aí não é o caso. O importante é a redução desta triste estatística, como vimos agora.

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Reflexo da rejeição da população aos grupos organizados e perturbadores urbanos, foi visto no jogo do Coxa contra o Nacional, na volta ao Couto. A cada cantoria vinda da ala organizada, a "torcida comum" vaiava. Em represália, a cada gol do Coxa – foram 4 a 1 para o Alviverde sobre o time de Rolândia –, os "organizados" também vaiavam. Não presenciei isso, devo dizer. Foi um passarinho coxa-branca que me contou.

Houve uma cisão importante aí: a maioria – torcedores pacíficos –, não quer mais ao seu lado os "primos" problemáticos. A eles desejam apenas o rigor da lei ou um hospital psiquiátrico.

Essa divisão que está se vendo no Couto (torcedor comum x torcedor perturbado) também tem repercutido na Arena da Baixada. Outro passarinho, agora rubro-negro, me disse, logo após o Atletiba de domingo, não suportar mais as mesmas cantorias ofensivas partindo insistentemente da ala dos "organizados". O "coxarada filha da...", ele ouvia ainda moleque, cantava junto e achava até divertido.

Hoje, amadurecido, chega mesmo a se irritar com ela. Nestes tempos bicudos de farta violência, acha que deveria ser abolida a "canção". Substituir por uma não menos provocativa, porém mais criativa. E não apenas esta, mas outras, tanto das organizadas do Paraná Clube como do Coritiba.

Claro que o passarinho ru­­bro-negro exagera em sua po­­lítica correta. Censura às manifestações espontâneas da torcida não resolveriam as disfunções extra estádios, disse-lhe.

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"Isso não é manifestação voluntária. Está mais para uma imposição ditatorial. Se não canta, te olham atravessado. É o equivalente a um ‘Deutschland, Deutschland über alles’ nazista".

Sugeri ao passarinho dar uma "tuitada" sobre o assunto. Ficou de pensar se pia ou fica quieto.