Ainda se escutam buzinas e foguetórios pela cidade com o título do desjejum do Paraná. Com a barriga cheia, El Paranito agora pode tirar sua "siesta" tranqüilo e refletir sobre o que foi esse "Torneio Avestruz", o campeonato do Severiano, que não pôde entregar as faixas aos campeões, nem mesmo acompanhar as partidas da final. Prisioneiro de suas próprias sandices.
Ele volta.
Não volta.
Volta sim. Até está assinando cheques, mesmo com os grilhões.
Deram-lhe caneta?!?
As memórias do cárcere vão ficar pra depois. Agora vai gastar a receita do Paranaense. Só na partida da decisão, no Pinheirão, deu lucro líquido de R$ 212.765,05.
Dá pra alugar um helicóptero para um "habeas-corpus alternativo", tipo "Escadinha".
Dá e sobra.
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Os aplausos que a torcida paranista ofereceu ao time da Adap, depois de tudo somado e consumado, foi em agradecimento. Gratidão por limpar o caminho ao sétimo título paranaense. O time Mourãoense simplesmente eliminou a dupla Atletiba e se entregou ao charme da Vila, Tá Na Hora. Isso não é pouco e metade do título tem que ser oferecido à Adap, junto com os aplausos. E bis, muitos bis.
E Maringá se redimiu com o Paraná Clube. Mandar jogo na Cidade Canção nunca mais. Quem manda jogo lá, não manda em nada. Foi assim com o próprio Tricolor, que "desmandou" jogos com os grandes paulistas no Brasileiro do ano passado. Foi assim agora com a Adap, que teve de abandonar seu território e, desavisada, desmandar seu jogo da final lá. 3 a 0 e o refrão: Maringá, Maringá / Para havê felicidade / É preciso que a saudade / Vá batê noutro lugá. (da letra de Canção a Maringá, de Joubert de Carvalho)
O Paraná deve voltar lá só como visitante. E se possível, sem pernoitar.
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"O futebol reproduz a sociedade. Para cada vencedor, há milhares de vencidos", disse em entrevista à Folha de S. Paulo o diretor Ugo Giorgetti, do filme "Boleiros Era uma Vez o Futebol...", de 1998 e sua seqüência "Boleiros 2 Vencedores e Vencidos", lançado recentemente. Ainda diz, sobre vencedores e vencidos, que "É mais ou menos isso o que significa aquele garoto [personagem do filme] encarcerado. São os vencidos do futebol e da vida".
Severiano é um típico personagem de Giorgetti.
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