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A principal discussão no próximo ano sobre a seleção brasileira será a escalação do quarteto ofensivo formado pelo Kaká, Ronaldinho, Robinho e mais um centroavante, além de dois volantes; ou se seria melhor colocar mais um armador (Elano) no meio-de-campo ao lado dos dois volantes, como prefere o Dunga, saindo o Robinho ou Kaká ou Ronaldinho, já que é necessário um atacante mais na frente, como Fred.

A dúvida se repete. Durante três anos, pelas eliminatórias, Parreira escalou três jogadores no meio-de-campo e mais o Kaká próximo dos dois Ronaldos. Não deu certo. A maioria dos torcedores e da imprensa pediu e o técnico pôs o quarteto ofensivo na Copa das Confederações. O time brilhou e depois fracassou na Copa.

Se não deu certo no Mundial, não há razão de repetir o quarteto ofensivo, muitos dirão. Essa parece também ser a opinião do Dunga.

É preciso separar as coisas. Como Alberto Helena Júnior disse um milhão de vezes, antes do Mundial e não somente depois da derrota, o verdadeiro quarteto, o da Copa das Confederações, tinha Robinho, Kaká, Ronaldinho e mais um centroavante. O do mundial, o falso quarteto, tinha dois centroavantes (Adriano e Ronaldo) sem o Robinho.

Além disso, o desenho tático do quarteto que gostaria de ver não é o da Copa, com Kaká e Ronaldinho abertos, um de cada lado, formando ao lado dos dois volantes uma linha de quatro no meio-de-campo. Quero ver o time jogando com dois volantes, uma linha de três mais à frente, sem posições fixas, formada pelo Robinho, Kaká e Ronaldinho e mais um centroavante. Muitos times da Europa e o Grêmio jogam dessa forma.

Em situações especiais, Dunga poderia alternar essa formação com a com três marcadores no meio-de-campo, saindo um dos meias, como gosta.

Além da tristeza pela derrota e pela péssima atuação da seleção na Copa de 2006, foi uma pena ver uma geração de grandes jogadores formada por Kaká, Ronaldinho, Robinho e mais o consagrado Ronaldo perder a chance de brilhar no Mundial e ficar ainda mais imortalizada na história do futebol.

Mas eles terão outra chance e vão querer aproveitá-la. Vou cometer uma insensatez e fazer uma previsão – comentarista nunca deve fazer isso, pois erra na maioria das vezes – e dizer que os três craques (Ronaldinho, Kaká e Robinho), juntos, vão encantar o mundo na próxima Copa.

Essa previsão talvez seja apenas uma projeção de meu desejo. Penso que é mais do que isso. É um sentimento que não sei explicar.

Agressividade

Na coluna anterior, escrevi que falta ao Ronaldinho a agressividade que tiveram vários craques de sua posição, como Maradona e Pelé. Para esclarecer um leitor e talvez outros, assim como não se deve confundir garra com violência, velocidade com afobação, habilidade com talento, calma com lentidão e outras confusões, pouca agressividade não significa falta de vontade, de garra e de atitude (palavra da moda). Cada um no seu estilo.

Violência

O tão esperado jogo entre Chelsea e Barcelona pela Copa dos Campeões foi parecido com o clássico entre Corinthians e Palmeiras da semana anterior: muita luta, faltas, violência, tumulto e pouco futebol (pela qualidade dos dois times), com exceção de alguns belíssimos lances isolados de alguns craques, como Drogba e Ronaldinho.

O Chelsea marcou mais à frente e não deixou o Barcelona fazer o que mais sabe, que é a troca de passes de sua intermediaria até o gol. Eto’o faz também muita falta.

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