A maioria das pessoas que assiste à Olimpíada não quer ser um torcedor ufanista, um Pachecão, um Policarpo Quaresma enrolado na bandeira brasileira.

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Muitos querem conhecer e entender os detalhes de cada esporte. Há poucas explicações durante as disputas, momento ideal para se juntar a teoria com a prática. O mesmo ocorre em uma Copa do Mundo, quando milhões de pessoas que não acompanham futebol passam a ver as partidas.

Quem passa quase todo o dia diante da televisão é obrigado a assistir às mesmas reportagens dezenas de vezes e ainda escutar os gritos dos narradores. Deve haver um concurso para saber quem grita mais alto e por mais tempo certas palavras, como gol, ouro, Brasil. Galvão Bueno está na frente.

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Existe um grupo de torcedores que acha as Olimpíadas uma chatice. Há os que vêem os Jogos como um evento político, econômico e sociológico. Alguns, preconceituosos, consideram as disputas algo puramente físico, de pouca cultura e menos inteligente. E há até os que vêem no esporte uma forma de fortalecer os valores morais e de unir os povos, mesmo com a invasão da Geórgia pela Rússia.

Torço por todos os brasileiros, especialmente para alguns atletas. Para Ronaldinho, porque se ele voltar a brilhar, o futebol fica melhor e mais bonito. Para a séria e discreta Mari, do vôlei, porque ela foi cruelmente rotulada de amarelar em Atenas. E para a ginasta Daiane dos Santos, pela sua simpatia e belo sorriso.

A seleção e Ronaldinho deram um show contra a fraquíssima Nova Zelândia. Será que Ronaldinho vai passar a jogar com brilho e com regularidade contra fortes adversários, principalmente depois da Olimpíada? Não dá ainda para ficar eufórico, como a turma do oba-oba, mas já dá para ter esperanças no time e em Ronaldinho.

Depois de fazer um belíssimo gol contra a Bélgica, Hernanes deu um show de passes longos, com os dois pés, contra a Nova Zelândia. Existem muitos jogadores que finalizam bem com as duas pernas, mas são raríssimos os que também driblam e passam bem a bola, como Hernanes. Ele só precisa driblar no momento certo e perto ou dentro da área adversária para não perder a bola no meio-de-campo, o que às vezes acontece.

Brasil e Argentina devem confirmar hoje os primeiros lugares em seus grupos. Se isso acontecer e os dois vencerem seus jogos nas quartas-de-final, vão se enfrentar nas semifinais. Por terem muitos jogadores brilhando nas principais equipes do mundo, Argentina e Brasil são os grandes favoritos. Será uma decepção se forem eliminados por outras seleções.

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Previsões

Nesse final de turno do Brasileirão, não vou fazer nenhuma previsão. Não sei quem será campeão, os quatro que irão para a Libertadores,nem os quatro rebaixados. Não sei também se o campeão vai ser um dos quatro primeiros, nem se os quatro que irão para a Libertadores estão hoje entre os oito mais bem colocados. Não sei ainda se Fluminense, Santos, Vasco e outro clube de grande tradição vão para a Segunda Divisão. Não sei de nada. Só tenho certeza da nossa finitude.

tostaocoluna@yahoo.com.br