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Pena que as televisões e operadoras não chegam a um acordo. Não sei o que fazer para ver Santos e Inter. Não entendo onde tantas pessoas assistem a todos os jogos da Libertadores e ainda, nos mínimos detalhes, a tantas partidas ao mesmo tempo. Às vezes, sinto-me um ser inferior, perdido neste estranho mundo tecnológico.

Ganso, com melhores condições físicas e querendo recuperar o prestígio, tem jogado bem. No ano passado, Muricy queria que ele entrasse mais na área e fizesse mais gols. Seria ótimo, mas isso iria transformá-lo em um meia-atacante, ponta de lança, como Zico, Kaká, o que ele não é. Ganso é muito mais um armador.

Agora, a preocupação de Mu­­ricy é fazer com que ele se movimente mais, atue em um espaço maior, fuja dos volantes e ajude na marcação. Esse é o caminho. É o tipo de jogador que mais faz falta ao futebol brasileiro.

Se Ganso jogar em pequenos espaços, à espera da bola no pé, como faz, hoje, Ronaldinho, para dar um passe espetacular, decisivo, será um vaga-lume que acende e apaga. Mais apaga que acende. Esse tipo de meia, obsessão no Brasil, está em desuso na maior parte do mundo. Nem a atual seleção argentina tem esse jogador.

Aliás, essa nunca foi a característica dos grandes armadores, como Gerson, Rivellino, Falcão, Zidane, Xavi, Iniesta e outros. Todos esses craques jogavam e jogam em todo o meio de campo, de uma intermediária à ou­­tra. Brilham, mesmo se não de­­rem um passe decisivo. É a mesma diferença entre um artilheiro, que espera a bola, durante to­­do o jogo, para fazer um gol, e o craque-artilheiro, que não precisa sempre fazer gols para se destacar.

Pulo de dentro para fora do gramado. A nova onda é dizer que os técnicos brasileiros são péssimos e que os dos outros times sul-americanos são uma maravilha. Não é uma coisa nem outra. Mas é evidente que os treinadores brasileiros necessitam renovar seus conceitos.

A nova Geni, da música que faz parte do novo show de Chico Buarque, é Mano Menezes. As­­sim como, há muito tempo, critico a supervalorização dos técnicos, paparicados pelos admiradores, amigos e comentaristas bonzinhos, acho, por coerência, fora algumas exceções, que os técnicos não são os únicos nem os maiores culpados pelas más atuações de suas e­­­­­qui­­­­pes.

Se colocar, ao lado de Ney­­mar, uns três jogadores, como Xavi, Iniesta e Ibrahimovic, se­­rão grandes as chances de o Brasil formar um timaço. Evi­­dentemente, não pode ser qualquer treinador.

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