Além de ter bons e excelentes jogadores, um treinador e uma comissão técnica competente e um time organizado, há no São Paulo harmonia, seriedade e muita vontade de vencer, dentro e fora de campo. Qualquer profissional só dá aquele algo mais quando existe uma relação afetiva e de cumplicidade no trabalho.
O fato de o São Paulo não ser refém da TV Globo nas negociações para as transmissões do campeonato paulista, como acontece com os outros grandes, mostra que é um clube diferente.
Falta ao São Paulo para atingir o nível do ano passado um segundo atacante de grande talento como era Amoroso. Leandro é apenas um bom jogador.
Muricy atingiu um nível técnico maior, que vai além da repetição e do lugar-comum, e passou a mudar a maneira de jogar da equipe de acordo com o adversário.
Durante a partida contra o Botafogo, o técnico trocou um meia por um zagueiro com a finalidade de marcar mais à frente, adiantar os volantes e ser mais ofensivo, como aconteceu. A maioria dos técnicos, até o Luxemburgo, escala sempre um terceiro zagueiro para reforçar a defesa, e não o ataque.
Em certos momentos, todo comentarista precisa repensar suas opiniões, seja porque os atletas e treinadores melhoraram ou pioraram e/ou porque a análise estava errada. Anos atrás, achava que o Mineiro era muito confuso na armação das jogadas e quando chegava ao ataque. Ele evoluiu bastante e eu fiquei mais tolerante com suas limitações e mais entusiasmado com as suas virtudes.
Se a Copa fosse hoje, Mineiro merecia ser o titular da seleção, como disse o Juca Kfouri. Mas se o Mineiro ficar preso à marcação, sem avançar, como fazem os titulares Edmílson e Gilberto Silva, ele se tornará um volante apenas marcador, comum.
Souza está cada dia melhor e é um dos destaques do brasileiro. O escanteio batido por ele, com força, com a bola saindo do goleiro e caindo na entrada da área para o companheiro cabecear de frente, como no gol do Fabão contra o Goiás, passou a ser mais uma boa jogada ofensiva do São Paulo.
Após a vitória sobre o Goiás, Souza disse que "o grito de campeão já estava na língua". Ele não menosprezou ninguém nem foi imprudente. Falou a verdade e expressou sua emoção.
Prefiro a franqueza e/ou o ato falho, desde que não seja uma ofensa, às palavras politicamente corretas, muitas vezes mentirosas e/ou que não retratam a fragilidade humana.
Após tantos elogios, vamos ao porém. Um profissional, seja do São Paulo ou de qualquer clube, às vezes brilha intensamente em um time e depois se apaga em outro. Ele parecia melhor do que era.
Outras vezes, acontece o contrário. Um atleta rotulado de grosso se torna brilhante quando passa a atuar em um time organizado. Ele era melhor do que parecia.
Por isso, só o tempo pode nos dar a dimensão exata da importância e do talento de treinadores, atletas e de qualquer profissional.
Amistoso
Dunga deve fazer mais experiências contra a Suíça. Mas, independentemente do que houver hoje, a grande dúvida para o próximo ano já está decidida. O técnico vai escalar juntos Kaká, Ronaldinho e Robinho, além de dois volantes e um centroavante, ou vai barrar um dos três e colocar mais um jogador no meio-de-campo? Elano, xodó do técnico, pode também ser testado como segundo volante.
Após denúncia ao STF, aliados de Bolsonaro ampliam mobilização por anistia no Congresso
Bolsonaro tinha esperança de fraude nas urnas, diz Cid na delação; veja vídeo na íntegra
Bolsonaro aposta em Trump para uma “virada de jogo” no Brasil; acompanhe o Sem Rodeios
Motor dá sinal de fervura, mas o presidente quer acelerar