O Inter tem mais chance de ser campeão porque joga em casa, pelo empate, pela ausência importante do Josué e talvez do Ricardo Oliveira e pelo possível abalo psicológico que teve o São Paulo ao perder em casa uma partida que imaginara ganhar.

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Inter e São Paulo não têm a mesma qualidade das maiores equipes da história do futebol brasileiro, mas estão hoje no mesmo nível dos melhores times da Europa.

Abel deve repetir o esquema tático do primeiro jogo com dois zagueiros e quatro armadores (dois volantes e um meia de cada lado). O único problema foram os grandes espaços nas costas do Jorge Wagner, que avançava como ala ou meia. Não dava tempo para o Alex fazer a cobertura. Souza e Leandro fizeram boas jogadas por esse setor.

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Além do Tinga, que marca e avança com eficiência, o Inter tem uma ótima dupla de atacantes. É a união da velocidade, da habilidade e do atrevimento do Rafael Sóbis com a técnica e a inteligência privilegiada do Fernandão.

Muricy deve manter o esquema tático e o estilo, escalando um volante para o lugar do Josué e deixando o Mineiro mais livre para também atacar.

As duas equipes deveriam manter o estilo ousado, porém o São Paulo não pode se afobar e ir todo para o ataque desde o início do jogo nem o Inter precisa jogar atrás e de contra-ataque.

Quando faço essas análises, não tenho a pretensão de explicar e/ou prever a história de um jogo. Os detalhes técnicos e táticos são apenas uns de tantos fatores que determinam o resultado de uma partida. Não são também os mais importantes. Mas é o que podemos ver com mais clareza.

As coisas mais importantes e decisivas são as subjetivas, imprevisíveis, emocionais e misteriosas, que ultrapassam os limites da compreensão humana.

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Nova seleção

Não podemos fazer hoje uma análise positiva ou negativa da nova equipe brasileira. É o primeiro jogo, os principais jogadores estão ausentes e muitos que foram chamados não continuarão na seleção.

Apesar das ausências do Ronaldinho Gaúcho e do Kaká – Emerson, Cafu, Roberto Carlos, Zé Roberto e Ronaldo não deveriam ser mais chamados –, estou curioso para saber como Dunga vai organizar o time. Espero que não seja o esquema tradicional que vimos na Copa e na seleção brasileira, com dois volantes e um meia de cada lado.

Kaká e Ronaldinho não deveriam jogar pelos lados, marcando no próprio campo para depois chegarem ao ataque, como tentaram fazer na Copa. Deveriam atuar de uma forma parecida como fazem nos seus clubes. A Copa das Confederações foi uma ilusão para o Parreira e para todos nós que elogiamos essa formação tática antes do mundial. O quarteto ofensivo é bem-vindo, mas de outro jeito.

Quando puder convocar todos os jogadores, eu tentaria uma forma diferente, mais ou menos como jogam o Barcelona e a seleção de Portugal, com dois atacantes pelos lados (Ronaldinho e Robinho) – sem posições fixas –, um centroavante e o Kaká vindo de trás, como joga no Milan. Ronaldinho, Robinho e Kaká teriam de participar da marcação.

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Dois volantes – um mais ofensivo –, dois zagueiros e dois laterais completariam o time. Mais importante ainda seria a equipe pressionar, marcar mais de perto, e não assistir aos adversários jogarem, como fez a seleção na Copa.

No elenco disponível para o jogo de hoje, Robinho e Daniel Carvalho seriam os atacantes pelos lados, com Fred de centroavante e com Julio Baptista, Wagner ou Morais vindo de trás, além de dois volantes e os quatro defensores. Está na hora de se experimentar algo diferente.