Quando estudei no Colégio Municipal, na época em que o ensino público era muito melhor do que o particular, fiz uma prova que tinha uma única pergunta: escrever o hino brasileiro. Não foi fácil.

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O hino é um dos símbolos mais importantes de uma nação. Quando é tocado no lugar e na ocasião apropriada, é impossível não se emocionar. Até os corruptos que roubam o dinheiro público choram de emoção.

Quem foi atleta e competiu pelo seu país, em esporte individual ou coletivo, sabe da sensação de escutar e de cantar o hino nacional. Não dá para não arrepiar.Segundo lei aprovada em 2001, que não era cumprida, é obrigatório tocar o hino nacional antes de todos os eventos esportivos no Estado de São Paulo. Já imaginou se a moda pega e acontece o mesmo em todos os estados desse imenso país?

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O hino deveria ser reservado para situações especiais, como jogos da seleção brasileira. Tocá-lo nos campeonatos estaduais é banalizar o hino; é querer ser mais patriota do que o patriotismo.

Além disso, o hino atrapalha o início das partidas. Em todos os jogos que vi do Paulistão pela televisão, a maioria das pessoas não prestava atenção nem cantava o hino. O som do estádio também não ajuda. Daqui a pouco vão vaiar.

Primeiro clássico

Santos e Palmeiras fazem hoje o primeiro clássico do Campeonato Paulista. O Santos é o líder e o melhor time até agora.

Mesmo quando perde e passa por maus momentos, é raro ver um time dirigido pelo Luxemburgo perdido em campo, com jogadores correndo sem rumo, como ocorre com o Corinthians, até nos jogos em que o time venceu nesse campeonato.

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Nesse ano, Luxemburgo mudou a maneira de jogar que sempre utilizou em suas equipes. Em vez de escalar um volante mais recuado pelo meio, um armador de cada lado e um meia de ligação, o Santos tem atuado com dois volantes (Rodrigo Souto e Maldonado) e dois meias ofensivos (Zé Roberto e Cléber Santana), além de dois atacantes.

Zé Roberto tem se movimentado por todos os lados, principalmente pela esquerda, quase como um ponta, onde aproveita melhor sua habilidade, velocidade e bons cruzamentos. Já Cléber Santana atua mais pelo meio, onde utiliza bastante seus passes longos, dribles e fortes chutes de fora da área.

O Santos está melhor, mas não será surpresa uma vitória do Palmeiras, que joga em casa e precisa ganhar esse jogo para incendiar a torcida e crescer na competição.

Caio Júnior tenta implantar no Palmeiras a filosofia do Paraná, de recuar e atrair o adversário para contra-atacar em velocidade. Fica apenas um jogador fixo na frente. Mas o torcedor do Palmeiras, quando o time joga em casa, quer ver a equipe no ataque, pressionando, até contra fortes adversários.

Nos melhores momentos de sua carreira, Edmundo se destacava pelo talento, agressividade e pela movimentação em todo o ataque. Quando recuava para organizar jogadas, se confundia. Não será agora, no final de carreira, que ele vai conseguir recuar, armar jogadas e ainda chegar na frente para fazer gols, como quer o técnico.

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Para ser útil ao Palmeiras, Edmundo deveria jogar mais à frente, ao lado de outro atacante, sem recuar tanto.