Vasco, Botafogo e Flamengo fazem campanhas melhores no Brasileiro do que nos anos anteriores. Vasco e Botafogo lutam por vaga na Libertadores e o Flamengo, como não acontecia há muito tempo, não corre risco nas últimas rodadas de ser rebaixado, além de estar já classificado para a Libertadores por ser campeão da Copa do Brasil.

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Entre vários fatores, dois foram importantes para o crescimento dessas três equipes: a manutenção de seus técnicos mesmo quando passaram por maus momentos e a maneira mais aguerrida e veloz de jogar. Para isso, foi essencial melhorar o preparo físico.

Enquanto isso, o Fluminense, que era considerado o melhor time do Rio no início da competição, trocou seis vezes de treinador, quase sempre para pior, e só não está na zona de rebaixamento porque a Ponte Preta não deixa. Paulo César Gusmão não venceu os últimos 17 jogos, contando suas participações no Cruzeiro, São Caetano e Fluminense.

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As contusões de alguns jogadores experientes, como Petkovic, contribuíram para os fracassos do time. Os jovens não suportaram também a responsabilidade, os elogios e o fato de jogarem em uma equipe desorganizada.

O atacante Lenny está muito afobado, corre demais e chega sempre antes da bola. Marcelo, tido com sucessor do Roberto Carlos, ainda não encontrou o seu jeito, o seu lugar em campo. Falta um professor de verdade para orientá-lo.

Por ter conseguido bons resultados no início de sua carreira, ter sido auxiliar do Luxemburgo, carregar sempre um computador a tiracolo para mostrar que é moderno e por se auto-elogiar nas entrevistas quando vencia, Paulo César Gusmão foi considerado antes da hora um excelente treinador. Espero que um dia ele mereça esse rótulo.

Logo que chegou ao Cruzeiro, Paulo César, em uma entrevista para a TV Globo – jogadores e técnicos adoram aparecer nessa emissora –, mostrou como planejou no computador a jogada e o posicionamento do Fred dentro da área para fazer o gol da vitória contra o Atlético. Para Gusmão, Fred era uma peça, um botão, e o técnico um mago.

Nem o Luxemburgo nos seus maiores momentos de vaidade chegou a tanto. O aprendiz suplantou o mestre.

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Belíssima jogada

A jogada entre Lenílson e Mineiro no gol do São Paulo contra o Santos foi a mais bela do final de semana, pela precisão técnica e, principalmente, pela sincronia perfeita dos dois jogadores. Tudo aconteceu no instante exato.

O lance serve também como modelo de como é importante para um time ter um volante que, além de marcar bem, aparece no ataque, no momento certo, e um atacante que, além de finalizar bem, sabe jogar de pivô e servir ao companheiro.

Dois talentos

Quando os jovens Diego e Robinho começaram a jogar no Santos, Diego era um jogador pronto, maduro e por isso se destacou mais. Já o futebol do Robinho parecia estilhaços de um grande talento que precisava de uma forma, de uma identidade, como aconteceu, apesar de ele estar ainda em evolução.

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Após uma ruim passagem por Portugal, Diego tem brilhado na Alemanha e repetido também a sua principal deficiência desde a época do Santos, que é a de correr demais com a bola, cavar faltas e ficar muito no chão. Craque joga em pé, com a cabeça em pé e sem olhar para a bola.