Hoje começa o Paulistão, um campeonato longo, com excesso de times e com uma fórmula ruim para um Estadual. A Federação Paulista acha que é a melhor competição do mundo, melhor que o Brasileiro.

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O São Paulo contratou bons reforços. Porém, recebeu também críticas por não trazer um meia de ligação habilidoso, um tipo de jogador desejado por todos os clubes brasileiros. Há muito tempo que o São Paulo não tem esse meia e é o time brasileiro que mais tem conquistado títulos. A ausência desse meia não seria um fator positivo? É um assunto para ser pensado e discutido.

A maioria dos times europeus não tem esse jogador. Os meias atuam pelos lados, defendendo e atacando, ou se tornam volantes, armadores pelo meio.

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Hugo, como era Danilo, é mais um atacante pela esquerda, que marca, arma e entra pelo meio para finalizar. Jorge Wágner atua bem pelos lados, como ala ou como um meia pela esquerda, no esquema com duas linhas de quatro. Na formação com três zagueiros, os armadores são os volantes, principalmente Hernanes. Se ele atuar um pouco mais à frente, como muitos querem, terá mais dificuldades, pois será muito mais marcado. Hernanes joga bem vindo de trás.

Já Corinthians, Santos e Palmeiras possuem típicos meias de ligação. Douglas é habilidoso, inteligente e rápido. Lúcio Flávio é clássico, organizador. Diego Souza é habilidoso e conduz muito a bola. Deve jogar mais à frente neste início de campeonato.

As boas equipes, do Brasil e do exterior, possuem vários jogadores que se movimentam bastante do meio para frente e que, dependendo do momento, atuam mais recuados ou mais perto do outro gol. São meias ou atacantes? Não faz diferença.

Não existe mais a mínima importância saber se um time joga no 4–3–3, 4–3–1–2, 4–3–2–1, 4–4–2 ou se atua no 3–5–2, 3–4–3, 3–4–1–2, 3–4–2–1. O importante é o técnico definir com clareza as funções, as linhas de marcação e onde elas começam, além de ter uma referência de movimentação quando o time ataca.

Apenas no momento em que vai iniciar o jogo, com os jogadores posicionados, como se fosse um time de botão, dá para saber com precisão qual é o desenho tático. Quando a bola rola, os atletas não param de correr e ocupam várias posições em campo.

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O Palmeiras precisa formar um conjunto. Como a Traffic e seu técnico-gerente Luxemburgo pensam primeiro no lucro, não será surpresa se o time não conseguir vencer novamente um título importante este ano. Só o Estadual não é suficiente para um grande clube, de qualquer estado, que é candidato também aos títulos da Libertadores e do Brasileiro.

Bom senso

Felizmente, Kaká não vai cometer a mesma burrice de Robinho. A questão não é dizer não ao poder do dinheiro. Além de já estar muito rico, se Kaká fosse para o Manchester City, com enorme possibilidade, não seria mais campeão nacional, da Liga dos Campeões da Europa nem estaria entre os melhores do mundo. Logo, estaria triste, lamentando o que fez. Poderia até perder dinheiro, já que menos títulos e menos glórias significam menos receita.