Tcheco, que jogava no Grêmio, no ano passado, está no Corinthians, e Douglas, que atuava no Corinthians, está, agora, no Grêmio. Quem lucrou com a mudança? Ainda é cedo para dizer. Escolheria Douglas para meu time. Imagino que a maioria dos técnicos, como Mano Menezes, prefere Tcheco, apenas porque é excelente nas bolas cruzadas.
Depois que Douglas saiu do Corinthians, os torcedores e a imprensa perceberam que ele, mesmo não sendo um jogador especial, é melhor do que parece. Por atuar em uma pequena faixa de campo e ter pouca mobilidade, Douglas não é considerado um jogador moderno. Seus passes precisos e inteligentes são pouco valorizados. Ele facilitava as jogadas, principalmente para Ronaldo.
Já Tcheco, por cruzar bem, é desejado por todos os treinadores. Poucas vezes o vi mostrar outras brilhantes e decisivas virtudes. Isso não significa que seja ruim. É um bom jogador, mais valorizado que merece.
Prefiro os cruzamentos mais fortes e com curva, de Jorge Wágner e Cleiton Xavier, aos de Tcheco, mais altos e retos. Cleiton Xavier, além de cruzar bem, marca, se movimenta bastante, tem excelente passe e ainda finaliza bem. Esse eu quero em meu time.
Além disso, como muitos gols, de todas as equipes, saem de jogadas aéreas, o jogador que bate todas as faltas e escanteios passa a ser, obviamente, um destaque nas estatísticas.
Mano Menezes já experimentou várias formações. Tcheco está em todas. Pelo meio, ele se movimenta pouco e não tem o passe rápido e preciso que tinha Douglas. Pelo lado, Tcheco, por ser muito lento, não consegue atacar e ainda recuar para marcar o lateral, como fazem Dentinho e, principalmente, Jorge Henrique.
Na Libertadores do ano passado, Paulo Autuori, treinador do Grêmio, escalou Tcheco, contra o Cruzeiro, para acompanhar o lateral Jonathan. Incompreensível. Quando Tcheco olhava, Jonathan já estava livre, lá na frente. Isso aconteceu umas mil vezes, durante todo o jogo.
Na semana passada, escrevi que o time atual do Corinthians, mesmo com algumas boas contratações, é pior que o que ganhou a Copa do Brasil e o Paulista de 2009. Alguns não concordaram. Isso não significa que o time atual não é bom, e sim que aquele era excelente, não só porque foi campeão, mas, principalmente, porque era eficiente, organizado e jogava bonito. Cristian, André Santos e Douglas atuaram melhor do que fazem, hoje, os atuais titulares.
Outro tipo de jogador ainda valorizado, muito menos do que era, é o primeiro volante, apenas marcador. Por ser o primeiro volante, é perdoado por não saber jogar futebol. Os dois volantes deveriam marcar bem e ter bom passe. Essa é uma qualidade de Cruzeiro, Corinthians e outras equipes. Com Cristian, isso era mais evidente no Corinthians.
Há jogadores modernos, os que não sabem jogar futebol, e os que sabem, como Elias e Jorge Henrique, mesmo não sendo craques. Elias, pelo meio, e Jorge Henrique, pelo lado, atuam bem, de uma intermediária à outra. Os dois são imprescindíveis ao Corinthians. Esses eu quero em meu time.
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