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Se o futebol que se joga hoje no Brasil é considerado de segunda divisão, por que o São Paulo e Inter ganharam os dois últimos títulos mundiais, vencendo o Liverpool e Barcelona? Foi por ser a decisão em um único jogo ou não é verdade esse conceito de que os principais times da Europa são superiores às grandes equipes brasileiras? São Paulo e Inter estavam também melhores do que hoje.

Com a volta dos campeonatos nacionais da Europa, onde dizem que está a primeira divisão do futebol brasileiro, poderemos ver toda semana os nossos grandes craques e as principais equipes da Europa. A minha maior curiosidade é saber se o técnico Rijkaard, do Barcelona, vai escalar juntos Ronaldinho, Messi, Eto’o e Henry.

Além dos quatro, o Barcelona tem dois excelentes meias (Deco e Iniesta ou Xavi). Não dá para jogar os quatro atacantes, dois meias, um volante, quatro defensores e o goleiro. Seriam doze.

Um dos principais problemas do Barcelona na última temporada foi não ter bons reservas no ataque, já que Eto’o e Messi ficaram contundidos por muito tempo e Ronaldinho atuou várias vezes sem boas condições físicas.

Rijkaard deve fazer um rodízio entre os quatro. Será que todos vão aceitar essa situação? A vaidade costuma ser muito maior do que a razão e o bom senso.

É provável também que Dunga faça um rodízio entre Ronaldinho, Kaká e Robinho. Mas é uma situação diferente e mais fácil de ser resolvida do que a do Rijkaard. No time brasileiro são três craques, além de um centroavante. No Barcelona, são quatro e mais um excelente meia ofensivo (Deco).

A escalação de quatro jogadores de características bastante ofensivas, sejam dois atacantes e dois meias ou três atacantes e um meia, é uma discussão freqüente em todo o mundo e será o principal tema sobre a seleção brasileira até a Copa.

Na Copa das Confederações, o Brasil foi muito bem com Kaká, Ronaldinho e Robinho juntos, além de um centroavante (Adriano). Kaká e Ronaldinho eram armadores pelos lados. Dunga pode repetir esse esquema ou escalar o time com três atacantes (Ronaldinho e Robinho pelos lados e mais um centroavante), além do Kaká vindo de trás.

O que não se deve é jogar com dois meias ofensivos, sem marcar, próximos dos dois atacantes. Na prática são quatro atacantes. O Cruzeiro não joga dessa forma como muitos falam. Wágner é um terceiro jogador de meio-de-campo, marcando ao lado dos volantes para depois chegar ao ataque.

É preciso diferenciar também esse esquema com dois meias ofensivos e dois atacantes do tradicional 4–4–2 europeu, com um meia de cada lado marcando e atacando, formando com os dois volantes uma linha de quatro no meio-de-campo.

Uma coisa é certa. Para o Dunga escalar Ronaldinho, Kaká e Robinho juntos, terá de mudar o esquema tático adotado na Copa América. Não sei se fará isso nem sei será capaz de fazer algo diferente. É mais fácil e menos arriscado repetir o que é mais comum do que inovar e ousar.

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