Após as derrotas do Barcelona e Sevilla e as vitórias do Real Madrid e Valencia, o Campeonato Espanhol, o que mais eu gosto de ver na Europa, ficou equilibrado. Sevilla é líder com dois pontos na frente do Real e do Barcelona, que têm um jogo a menos. O Valencia está a dois pontos atrás do Real e do time catalão.
Se o Barcelona não voltar a ser brilhante, o futebol perderá o seu maior encanto. Era o único time que me arrepiava, pelo estilo bonito e eficiente.
Messi e, principalmente, Eto´o fazem muita falta. Não entendo também as freqüentes escalações do Márquez e Thiago Motta nos lugares do Thuram e Edmílson. Thiago Motta é apenas um volante razoável, lento e, segundo o Abel Braga, é ainda mascarado.
Além disso, o Barcelona não tem tomado a bola no campo adversário com a freqüência e a eficiência que fazia. Isso era decisivo. Quando um time marca mais à frente e não desarma bem, cria um pânico para a sua defesa, como aconteceu com o time catalão nos últimos jogos.Mesmo quando vence, o Real Madrid não convence. As esperanças são os jovens argentinos Gago e Higuaín, que barraram Émerson e Raul. Gago, com sua mobilidade e passes rápidos e para frente, poderá se tornar um dos grandes volantes do mundo. Diferentemente dos torcedores italianos, os espanhóis não gostam de volantes pesados e que fazem muitas faltas, mesmo se tiverem outras virtudes, como o Émerson.
Os dirigentes do Real Madrid, com o apoio do técnico Capello, que não acredita mais na recuperação do Ronaldo, querem aproveitar a fama do jogador para negociá-lo. Tentaram fazer o mesmo com Roberto Carlos após o Mundial, mas os grandes clubes da Europa não querem investir tanto nos dois brasileiros.
Ronaldo tem condições de brilhar com regularidade como nos seus melhores momentos? Parece que não. Mas se ele jogar 50% do que jogava, ainda será muito melhor que o artilheiro Nistelrooy.
Ronaldo precisa decidir se vai fazer um grande esforço para voltar a ser o fenômeno ou se vai apenas administrar a fama e ganhar muito dinheiro, seja onde for, como fazem quase todos os grandes craques após um período de esplendor técnico.
Se quisesse, Ronaldo poderia também parar de jogar e desfrutar dos prazeres da vida, do seu modo. Mas ele não é um Zidane, que anunciou o fim de sua carreira antes da Copa para depois do Mundial, pois não tinha mais o mesmo entusiasmo nem se sentia mais em condições de ser brilhante como antes.
Zidane ainda teve tempo de dar um show no Brasil e acertar uma violenta cabeçada no Materazzi. São as estranhezas de um ser humano e de um gênio.
Desde que chegou no Real Madrid, Robinho alterna bons e maus momentos. No novo esquema tático do time, com uma linha de quatro no meio-de-campo (dois volantes e um meia bem aberto de cada lado), Robinho é quase um ponta, mais ou menos como jogava no Santos no início de sua carreira. Porém, naquela época ele aparecia em todos os lugares. No Real, Robinho quase não sai da esquerda.
Robinho ainda não alcançou na Europa o prestígio de craque que tem no Brasil. Ele cria grandes expectativas, ameaça fazer gols bonitos e dar passes espetaculares, mas ainda erra demais na conclusão dos lances.
Assim como Ronaldo precisa definir se quer voltar a ser um fenômeno, Robinho, que já é um excelente jogador, necessita decidir se quer realmente ser um dos maiores do mundo, mais um fenômeno, que ele ainda não é.
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