A realização da Copa do Mundo no Brasil será oficializada na terça-feira. A Fifa já aprovou em um relatório. A decisão aconteceu no instante em que houve a garantia por escrito do governo brasileiro.
Os mais otimistas dizem que, além da importância do evento e da competência do Brasil em realizá-lo, a Copa aumentará o número de turistas, vai trazer grandes benefícios de infra-estrutura à população e vai melhorar o futebol com a reforma e a construção de estádios.
Outros, mais críticos, pensam que, por causa da violência, dos problemas do tráfego aéreo, das péssimas rodovias, da ausência de ferrovias, das más condições estruturais das cidades e em torno dos estádios, do enorme gasto do governo, dos interesses políticos, dos aproveitadores, o Brasil não está preparado para tanto e nem teria condições de cumprir as exigências da autoridade máxima do futebol. Na verdade, essas duras normas são um mito. A decisão é muito mais política.
O discurso de que quase todas as despesas serão da iniciativa privada é conversa fiada. Além de ser o responsável pelas obras públicas e extra-esportivas, o governo vai gastar o possível e o impossível. O Pan foi uma amostra disso.
A maior desconfiança é a de que no Brasil parece quase impossível realizar uma Copa sem desperdício de dinheiro público. Há um hábito generalizado de querer ser mais esperto que a esperteza. O Brasil precisa ainda provar que quer ser um país sério. O Mundial será uma boa chance. Quero ver a Copa no Brasil, mas sem maracutaias.
Noite maluca
Na rodada do meio de semana da Copa dos Campeões da Europa, Robinho foi o grande destaque, atuando pelos lados, mais pela esquerda. Foi a sua melhor atuação no Real Madrid. A vitória do time espanhol e o show de Robinho foram facilitados pelo fato de o fraco time grego jogar quase toda a partida com dez jogadores.
A noite maluca, como os jornais espanhóis chamaram a festa dos jogadores brasileiros após a goleada sobre o Equador, parece ter inspirado Robinho. Sem pequenas maluquices e loucuras, a vida fica sem brilho. Robinho quis mostrar também que a balada não atrapalhou a sua condição física.
Habilidade, velocidade e ilusão
Após três rodadas da Copa da Europa, Arsenal e Manchester United são as únicas equipes com nove pontos e as que mais agradaram. O Manchester, mesmo com muitos jogadores hábeis, velozes e ofensivos, não deixou de ser um time organizado e com boa defesa.
Os dois meias pelos lados, Cristiano Ronaldo e Giggs, voltam para marcar no próprio campo e ainda chegam na frente para fazer gols, principalmente o português, a cada dia melhor. Não há na equipe um centroavante de referência. Tevez e Rooney se movimentam por todos os lados, dão passes e fazem gols. Mas a grande novidade é o jovem meia ofensivo brasileiro Anderson, 18 anos, atuando bem de volante.
Enquanto isso, a Seleção Brasileira, também com muitos jogadores hábeis, velozes, ofensivos e ainda melhores, não consegue formar um time organizado. A goleada no final da partida com o Equador foi uma ilusão.