No primeiro minuto de jogo estava evidente que haveria muitos lances idênticos ao do primeiro gol do Brasil. A defesa de Gana jogava bastante adiantada e em linha. Uma tática suicida. A linha burra foi ainda mais burra.
Poucos minutos depois, Kaká lançou a bola nas costas dos zagueiros, Ronaldo entrou livre e com o seu enorme talento deu um drible de corpo no goleiro e fez o primeiro gol. Em jogadas parecidas, saiu o segundo gol do Adriano (impedido) em um passe do Cafu, e o terceiro do Zé Roberto, em uma lançamento do Ricardinho. Dessa forma, poderiam ter acontecido outros gols.
Por outro lado, Gana dominou o jogo, tocou a bola com facilidade no meio-campo, criou um grande número de chances de gols, mas foi horrorosa nas finalizações. Dida fez também boas defesas. O meio-campo brasileiro marcou muito atrás e facilitou a pressão de Gana.
O Brasil sabia que Gana jogaria com a defesa adiantada e aproveitou bem dessa situação. Mas inverteram-se os papéis. O time pequeno pressionou, e o grande, no contra-ataque, fez os gols.
Parreira, que sempre criticou os adversários por terem oito atrás da linha da bola, viu o seu time fazer o mesmo contra a pequena seleção de Gana.
Só no segundo tempo, principalmente na parte final, quando Gana cansou, desistiu de virar o jogo e ficou com dez, é que o Brasil tocou mais a bola e poderia ter feito mais gols.
No segundo tempo entraram Gilberto Silva, no início e depois Juninho. O time ficou com três volantes e tocou melhor a bola.
Dida foi o melhor do Brasil. Os coadjuvantes (Lúcio, Juan) foram novamente superiores às estrelas (Ronaldinho Gaúcho, Kaká e Ronaldo, que fez um belo gol). Ricardinho entrou no final quando o jogo estava decidido, fácil e deu belíssimos passes. Os outros não brilharam nem foram ruins.
Foi uma partida atípica, como se esperava pelas características de Gana. Não houve injustiça. Gana perdeu muitos gols porque não sabe finalizar. Prevaleceu a qualidade, a experiência e a mística do futebol brasileiro.
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