Após retornar da Copa, cochilei em quase todas as partidas que vi do Brasileirão. Dizem que a readaptação ao fuso horário é de uma hora por dia. Seriam cinco dias. Meu fuso deve ser mais lento.
Entre uma piscada de olhos e outra, percebi algumas novidades. No Atlético-MG, tinha dois atacantes que não conhecia bem (Ricardo Bueno e Neto Berola). Estava no gol Fábio Costa. Veremos grandes defesas, grandes frangos e grandes confusões.
Foi bom ver Felipão. Ele, além de ter bons conhecimentos técnicos e táticos e de ser um treinador bastante afetivo, tem uma rara qualidade, que é o saber intuitivo e inconsciente. Felipão costuma, de repente, sem racionalizar, mudar bem durante os jogos. Isso vai além da improvisação. Mas o torcedor do Palmeiras não pode se iludir e achar que Felipão, ou qualquer técnico, possui o poder de decidir as partidas.
Mas a melhor novidade foi ver Zico como diretor do Flamengo. Não falo isso porque ele foi um supercraque e é o maior ídolo da história do clube. Digo isso porque é uma pessoa e um profissional especiais. Zico poderia estar, naturalmente, na seleção, como diretor ou treinador. Ele tem preparo para isso.
Quem será o novo técnico do time brasileiro? Vai depender dos amigos e parceiros da CBF e também da TV Globo. Como disse o jornalista Flávio Gomes [ESPN Brasil], a longa entrevista de Ricardo Teixeira ao programa "Bem Amigos", do SporTV, após a eliminação do Brasil, foi para devolver o poder à emissora.
A Espanha foi campeã do mundo com um técnico que não falava, não gesticulava nem discutia durante as partidas. Além disso, não usava roupas de grife e, nas entrevistas coletivas, não era grosseiro nem se fingia de sábio. Esse tipo de treinador é ridicularizado no Brasil.
O técnico da seleção brasileira deveria ser escolhido por seus conhecimentos técnicos e táticos, por saber comandar um grupo, por seu comportamento, pela filosofia de ver o futebol e por sua preocupação com a qualidade do espetáculo. Como quase todos só pensam no resultado e têm a mesma filosofia, que é não arriscar e apostar no erro do adversário, não teremos nenhuma novidade.
Digo quase todos porque pode haver alguém por aí, que não conheço, ou que precisa apenas de um incentivo para colocar sua coragem e sua "loucura" para fora. E que, além de criativo, conheça profundamente o óbvio.
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