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Até os 25 minutos do segundo tempo, contra a Portuguesa, o Coritiba sofria da mesma dificuldade que o fez amargar um empate contra o Guarani. Sem criatividade, e nervoso em campo, o Coxa parava na retranca do adversário. Em termos de criação, a equipe não apresentou melhora significativa, apesar da vitória por 3 a 0, que levou o time ao terceiro lugar na competição, com sete pontos – dois a menos que o líder Sport. Porém outro fator fez a diferença no sábado: a tranqüilidade.

"O nervosismo, a ansiedade da torcida e dos próprios jogadores atrapalham, aí ficou aquele caldeirão", comentou o treinador Estevam Soares, sobre o clima da partida no final do primeiro tempo, quando o Coritiba ainda empatava por 0 a 0.

"O que eu procurei fazer no intervalo foi acalmar os jogadores e mostrar que o caminho era aquele mesmo. Precisávamos apenas de mais concentração no último passe e tranqüilidade", completou Soares, que exaltou também o trabalho da psicóloga do clube, Flávia Focaccia, que conversou individualmente com os atletas durante a semana.

E numa espécie de alerta, o técnico pediu paciência para a torcida coritibana. "Até a equipe ganhar um perfil, um padrão de jogo, nós vamos encontrar dificuldades".

Em campo, os atletas também sentiram o peso de ter de furar o bloqueio defensivo em meio à pressão das arquibancadas pelo resultado. "Não é fácil. Fizemos um primeiro tempo bom, mas não aproveitamos as chances. No segundo tivemos mais calma e tudo deu certo", afirmou o volante Luciano Santos.

Quem mostrou ser capaz de "pacificar" o clima no Alto da Glória é o atacante Alberto, destaque da vitória contra a Lusa com dois gols marcados. Logo na estréia, ele parece ter decretado o fim da "maldição da camisa 9", que atacou Keirrison, Vinícius e William, contundidos; Jéfferson, suspenso por 3 jogos; e Ludemar, negociado com o Brasiliense. "Fiquei muito feliz com o meu desempenho. A equipe me recebeu de braços abertos, foram apenas dois treinos durante a semana e mesmo assim deu tudo certo", disse.

No entanto, do alto da experiência de seus 31 anos, o novo proprietário da 9 sabe que terá que mostrar serviço em todos os jogos. "Tenho de consolidar essa marca de artilheiro. Espero que isso aconteça e eu possa levar o Coritiba de volta à elite, que é onde ele merece estar".

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