Luiz Felipe Scolari ainda não sentou no banco de reservas do Palmeiras, mas os jogadores já incorporaram o jeitão gaúcho do técnico trabalhar. Com um celular em punho nas tribunas, o pé quente Felipão deu seus "pitacos" para que o Verdão mostrasse muita raça e vencesse um desfalcado Santos por 2 a 1, nesta fria quarta-feira, no Pacaembu, pelo Campeonato Brasileiro. Ewerthon, com um chutaço de fora, e o estreante Tinga marcaram para os alviverdes. Marcel, em outro golaço, descontou no fim.
O resultado não só renova ainda mais o ânimo alviverde para uma nova era como faz a equipe respirar na competição. O Palmeiras não vencia há quatro partidas (desde 22 de maio) e sofria com a cobrança pesada da torcida. O time pula para a casa dos 12 pontos, atingindo a sétima colocação.
Ao Santos resta lamentar. O Peixe tinha a chance de se aproximar dos líderes, porém, sentiu as ausências de Robinho, Léo, Marquinhos e Paulo Henrique Ganso, que entrou apenas no segundo tempo. Com a derrota, a segunda no torneio, o Alvinegro praiano segue com 12 pontos e se mantém na quarta colocação.
Na próxima rodada, o Palmeiras vai a Florianópolis enfrentar o Avaí, domingo, às 16h, na Ressacada. No mesmo dia, mas às 18h30min, o Santos recebe o Fluminense, na Vila Belmiro.
Um foguete chamado Ewerthon
Apresentado na hora do almoço na Academia de Futebol, Felipão chegou ao estádio no ônibus da delegação e conversou com os jogadores minutos antes de eles subirem ao gramado. Dos camarotes, se comunicou a todo momento com o fiel escudeiro Flávio Murtosa, orientado o time. E deu certo. O Palmeiras iniciou a partida em ritmo mais acelerado que os santistas. Logo no primeiro minuto, Marcos Assunção cometeu dura falta sobre Neymar na intermediária, dando mostras de que o jovem craque não teria vida fácil.
Com o camisa 11 vigiado de perto e sem poder contar com Robinho, liberado por mais alguns dias pela Copa do Mundo, e Paulo Henrique Ganso, colocado no banco de reservas depois da cirurgia no joelho direito, o Peixe foi uma presa fácil para a boa marcação feita pelo Verdão. Outra aposta da base, Alan Patrick pouco apareceu, enquanto André ficou preso entre os zagueiros.
Melhor para o Verdão, que apostou tudo na velocidade e nos toques rápidos do trio composto por Kléber, Lincoln e Ewerthon. Foi dos pés do último, aliás, que os alviverdes abriram o placar com um golaço. Maranhão afastou mal uma bola alçada para a área, o atacante pegou o rebote e disparou uma bomba certeira no ângulo esquerdo do jovem goleiro Rafael.
Errando muito, o Santos não respondeu. André, aos 25, em cabeçada para fora, e Madson, aos 32, em chute prensado, tiveram as melhores chances. O Palmeiras poderia ter ampliado, aos 35. Kléber ganhou de Edu Dracena na corrida pela esquerda e cruzou. Lincoln dividiu com um marcador e Rafael defendeu com os pés. No rebote, Ewerthon apareceu na marca do pênalti, mas escorregou na hora da finalização e desperdiçou.
Estreante, Tinga faz o dele. Marcel desconta com golaçoNa etapa complementar, Dorival Júnior colocou Ganso na vaga de Madson tentando melhorar a produção do Santos. Entretanto, foi o Palmeiras quem assustou, aos três minutos. Ewerthon recebeu passe de frente para Rafael, mas chutou em cima do goleiro. A resposta veio aos seis, com Maranhão batendo de longe e Deola fazendo bela defesa.
Murtosa e Felipão trataram de fechar ainda mais o Palmeiras com a entrada do estreante volante Tinga no lugar de Lincoln. Imediatamente, Dorival trocou tudo o que poderia, aumentando o poder ofensivo, com Zé Eduardo na vaga de Alan Patrick e Marcel em substituição a Neymar.
A estrela de Scolari brilhou aos 21. Tinga, que acabara de entrar, disparou pela direita e chutou rasteiro. Edu Dracena tentou cortar e acabou jogando a bola para dentro da própria meta, aumentando para 2 a 0 a vantagem alviverde.
Com o placar ainda mais desfavorável e a chuva cada vez mais forte, o Santos teve problemas para reagir. Ganso nitidamente evitou jogadas mais bruscas ainda com receio pela cirurgia. Com ele produzindo pouco, Marcel foi o encarregado de descontar. Aos 38, Léo tirou de cabeça, o centroavante dominou na coxa e chutou forte, acertando o ângulo direito. A bola ainda tocou no travessão antes de entrar.
Nos minutos finais, o Santos foi com tudo para cima e quase empatou, aos 43. Após cruzamento para a área, Deola saiu mal, a bola desviou em Vitor e tocou no travessão. Sorte Felipão mostrou que ainda tem!
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