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Marcelo Oliveira: cauteloso | Washington Alves/VIPCOMM
Marcelo Oliveira: cauteloso| Foto: Washington Alves/VIPCOMM

O Cruzeiro está sobrando tanto neste Brasileirão que pode sacramentar hoje o título, com cinco rodadas de antecedência. O time só depende de uma vitória sobre o Grêmio, às 17 horas, no Mi­­neirão, e de um empate ou derrota do Atlético para o São Paulo, no mesmo horário. Fechadas as combinações, o terceiro título nacional estará garantido.

No comando dessa Raposa está Marcelo Oliveira, bastante conhecido da torcida do Coritiba – foi o treinador que levou o Coxa aos vices da Copa do Brasil em 2011 e 2012. Extremamente identificado com o rival Atlético-MG, onde jogou nas décadas de 70 e 80, precisou vencer a resistência inicial dos torce­­dores cruzeirenses. Hoje, com o estádio lotado, ninguém nas arquibancadas deve lembrar disso.

Com tempo e grana para formar o elenco, apostou em três frentes: jogadores das categorias de base; destaques de outras equipes, como Éverton Ribeiro e Ricardo Goulart; e atletas mais rodados, como Dagoberto, Dedé, Júlio Baptista e Willian.

"Essa combinação deu certo. Com 10 meses de trabalho, não tivemos problema de indisciplina ou de qualquer outro tipo. Não importa se esteja jogando ou não, todo mundo está participando de alguma forma", analisa Marcelo Oliveira em entrevista à Gazeta do Povo.

O começo do ano do treinador em Belo Horizonte não foi dos melhores, especialmen­­te por ter perdido a final do Campeonato Mineiro para o Galo – sem contar a pressão ao ver o rival sendo campeão da Libertadores. Só que para o Brasileirão as coisas se ajeitaram rapidamente e a partir da 16.ª rodada o Cruzeiro só viu os adversários pelo retrovisor.

"A ideia era fazer um bom Campeonato Brasileiro. Mas em um time de tradição e com a grandeza do Cruzeiro, é impossível não pensar em título. As coisas foram indo bem, demos uma arrancada boa no segundo turno, com 12 jogos sem perder. Isso nos permitiu chegar a esse momento", comenta.

Mesmo com tanta sobra, o treinador evita a soberba e prega a cautela em relação ao título. "O futebol não permite ganhar na véspera, mas permite perder."

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