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Cansaço colaborou para Botafogo ceder empate ao São Paulo, segundo Caio Júnior | Fernando Soutello/ AGIF
Cansaço colaborou para Botafogo ceder empate ao São Paulo, segundo Caio Júnior| Foto: Fernando Soutello/ AGIF

O clima é de decisão. O Bo­­tafogo está em terceiro lugar no Campeonato Brasileiro. O São Paulo, em segundo. Um ponto apenas os separa. Por­­tanto, nada mais apropriado do que definir o jogo de hoje, às 16 horas, no Engenhão, pela 26.ª rodada, como uma espécie de final.

A torcida alvinegra promete lotar o estádio, a fim de empurrar o time para uma vitória importante. "É um jogo decisivo, fundamental. Peço desde já o apoio do torcedor. Precisamos desse apoio para impressionar o adversário e dar força aos nossos jogadores", disse o técnico Caio Júnior, com a estratégia montada para tentar sufocar o São Paulo. "Temos de impor nosso jogo. A vitória pode nos dar uma segurança na busca pelo título", discursou o treinador, muito confiante após a vitória por 1 a 0 sobre o Grêmio, em Porto Ale­­gre, na quinta-feira.

O Botafogo tem uma baixa importante: o goleiro Jefferson, um dos principais nomes do time, está suspenso. A responsabilidade de substituí-lo é do jovem Renan, que já enfrentou o time paulista no primeiro turno, quando seu time se deu bem: ganhou por 2 a 0, no Mo­­rum­­bi. "Hoje sabemos que todo jogo é difícil. Entrar em uma partida contra o São Paulo é uma responsabilidade grande, assim como seria contra outro time. A maior responsabilidade é por estar no Botafogo, um clube grande e que tem de ganhar sempre", diz Renan.

Convocado pela primeira vez para a seleção brasileira, para disputar o Superclássico das Amé­­ricas contra a Argentina, na quarta-feira, em Belém, o meia Elkeson alertou que o Botafogo não pode dar espaços: "Será um jogo difícil. Sabemos da qualidade do São Paulo, que marca forte fora de casa. Aqui, temos de impor nosso ritmo".

De fato, o Tricolor paulista tem se notabilizado neste Brasileiro pela boa campanha como visitante. E, contra o Bo­­ta­­fogo, a habilidade para jogar no domínio do rival será mais uma vez testada. Depois do 0 a 0 no clássico com o Corin­­thians, no Morumbi, o time enfrenta mais um adversário direto na luta pelo título e que, assim como o arquirrival, tem sido um dos seus maiores carrascos ultimamente.

Antes freguês histórico – ficou dez jogos sem vencer o São Paulo, entre 2004 e 2008 –, o Botafogo não conhece derrota para o time paulista há quatro partidas. E venceu todas elas, seja no Morumbi ou no Engenhão, palco do duelo que vale no mínimo a vice-liderança hoje.

Para tentar acabar com esse jejum, boa parte das esperanças é depositada em Lucas. O jovem meia-atacante não jogou a partida do primeiro turno, quando o time, hoje treinado por Adil­­son Batista, ainda era comandado por Paulo César Carpegiani. O jogador estava na Copa América com a seleção brasileira e era um dos muitos desfalques do time na ocasião.

Essa, aliás, é a principal diferença que Adilson identifica entre o São Paulo que encontrou ao ser contratado e a equipe atual. "O grupo está ficando inteiro, o que é importante para os jogos mais duros", disse.

Em cima desse discurso, o treinador aposta que o São Paulo não sentirá a falta do zagueiro João Filipe, impossibilitado de jogar por força de contrato – está emprestado pelo Botafogo – e do volante Ca­­semiro, suspenso. No lugar do volante quem entra é Denilson, que já foi expulso duas vezes no campeonato. Depois de quase dois meses, ele volta a jogar e ainda está em busca de comprovar que o São Paulo fez bom negócio ao repatriá-lo.

Ao vivo

Botafogo x São Paulo, às 16 horas, na RPC TV e na Band.

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