O jogo de ontem entre Brasil e Argentina, em Córdoba, reuniu apenas jogadores que atuam nos dois países. Ou seja, quase inteiramente seleções B. Menos o trio ofensivo brasileiro, formado por Neymar, Leandro Damião e Ronaldinho Gaúcho, que já havia sido titular no amistoso com Gana, quando força máxima estava à disposição. Por isso se esperava mais do time de Mano Menezes que do de Alejandro Sabella no duelo de ida do Superclássico das Américas o de volta será no dia 28, em Belém. Por isso o empate sem gols foi decepcionante.
Apenas Damião conseguiu certo destaque. Ele já havia acertado a trave no primeiro tempo dominado pela Argentina , após a única boa jogada de Neymar. E voltou a parar nela no segundo, depois de aplicar uma "lambreta" sobre Papa, lance aplaudido pela torcida argentina. "Sempre que tiver oportunidade vou tentar", avisou o centroavante do Internacional, que passou muito perto de marcar um gol histórico. Ele já havia feito o malabarismo prender a bola com os dois pés e impulsioná-la por cima de si e do marcador este ano contra o Juventude no Campeonato Gaúcho, lance que acabou em gol de Tinga.
Ronaldinho foi discreto. Além da troca de passes, só apareceu em uma cobrança de falta defendida pelo goleiro Orión. "É complicado. Todo mundo já sabia que ia ser assim. Esse time nunca jogou junto", disse o meia do Flamengo, culpando o desentrosamento.
Mais entrosada entrou em campo com seis jogadores do Vélez, atual campeão nacional , a Argentina dominou o primeiro tempo e o início do segundo. A jogada da lambreta de Damião, aos 31 minutos da segunda etapa, foi apenas a terceira finalização brasileira, enquanto os hermanos já haviam concluído sete vezes. No fim, este placar ficou em oito a cinco.
Foi regular a atuação do sistema defensivo formado pelo goleiro Jefferson, os zagueiros Dedé e Réver, os laterais Danilo e Kléber e os volantes Paulinho e Ralf. Principal surpresa na escalação, que deveria armar as jogadas para o trio ofensivo, o meia flamenguista Renato Abreu não foi bem. Oscar, do Inter, recentemente campeão mundial pela seleção sub-20, assim como Danilo, o substituiu no segundo tempo. Deu mais força ofensiva ao time, mas também não foi bem individualmente.
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