Ocimar Bolicenho assumiu oficialmente nesta segunda-feira (22) a direção de futebol do Atlético. Em entrevista à Gazeta do Povo, o dirigente detalha quais as suas funções no organograma atleticano, fala sobre reforços e comenta a situação do time lanterna do Brasileiro.
Além de presidente do Paraná Clube, na gestão 1994/95, Bolicenho de 50 anos atuou como diretor de relações internacionais da Federação Paranaense de Futebol e participou da formação e execução da Copa Sul de 1999. O dirigente desempenhou também funções ligadas à coordenação de futebol no Marília-SP e Santos. Acompanhe a seguir o papo, por telefone, com Ocimar Bolicenho:
Gazeta do Povo Qual foi a sua primeira impressão ao chegar ao Atlético?
Ocimar Bolicenho: Tudo tranquilo. Tive oportunidade de acompanhar como as coisas funcionam no clube. Conversei com os funcionários e fiquei entusiasmado com a estrutura do Atlético. Em lugar nenhum do Brasil encontrei algo tão grandioso. Para você ter uma ideia, o CT do Santos, que um dos melhores de São Paulo, não chega nem perto do CT do Caju.
GP A diretoria vem encontrando dificuldade em contratar reforços. Como lidar com isso? Já que a sua principal função seria a de ajudar na busca de novos valores para equipe.
Ocimar Não me preocupo com isso. A minha função no Atlético será mais abrangente. Fui contratado para ser um canal de comunicação entre a diretoria e o elenco. Terei a função de filtrar isso. Vou viver o dia a dia do clube, terei a obrigação de solucionar problemas e não de criá-los. Quanto aos reforços, vamos aguardar a janela de transferências para o exterior, em julho. Muita coisa pode acontecer. Ainda preciso avaliar o que temos no elenco. Qualquer coisa que eu fale agora pode ser uma avaliação prematura.
GP Mas não é preocupante a situação do Atlético no Brasileiro? O time é o lanterna do Brasileiro...
Ocimar Não vejo assim. Se a gente tivesse vencido o Palmeiras, na última rodada, estaríamos na 13ª posição. Claro, estamos com o alerta ligado, mas acredito na recuperação do time. Ainda está muito equilibrado o campeonato. Pego o exemplo do Santos, onde trabalhei até maio. O time estava ameaçado pelo rebaixamento e levamos o time à final do Paulista.
GP A torcida do Atlético está na bronca com as constantes falhas dos goleiros Galatto e Vinícius. O clube precisa contratar um novo camisa 1?
Ocimar - É uma situação delicada. Precisamos ter paciência com goleiros. Os melhores goleiros do mundo falham. Temos de avaliar com muito cuidado e dar confiança ao atleta. Ainda precisamos avaliar o que temos na casa e não fazer loucuras.
GP Você apresentou uma carta de renúncia ao cargo de conselheiro do Paraná. Você teme que o fato de ter sido presidente do Tricolor pode atrapalhá-lo no trabalho dentro do rival Atlético?
Ocimar O Paraná é passado. Renunciei ao cargo para que as pessoas não fiquem falando. Na verdade, eu não faço parte da diretoria paranista desde 2002. Eu só fazia parte desse conselho que é formado por todos os ex-presidentes. Esse conselho não está mais em atividade, não está exercendo nada no clube. Acredito que temos de ser profissionais. Hoje estou no Atlético e quero fazer o melhor aqui dentro. Fiz um trabalho parecido no Santos e no Marília.
GP O que te convenceu a aceitar a proposta atleticana?
Ocimar Conheço a seriedade da diretoria, do presidente Marcos Malucelli. Além disso, tem um ponto importante: terei poder de decisão. No Santos, por exemplo, eu era muito limitado. No Atlético vou poder tomar decisões importantes e definir contratações e formação do elenco. Isso é o profissionalismo. Temos de recuperar o espaço perdido pelo futebol paranaense nos últimos anos. Ainda é preciso detectarmos nossas falhas. No início da década, brigávamos por títulos e vagas na Libertadores, mas agora houve essa queda. Alguma coisa está faltando e vamos descobrir.
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