Guarani e Ceará buscavam a reação no Campeonato Brasileiro, mas terminaram iguais. O empate por 1 a 1, nesta quinta-feira, em Campinas, frustrou as expectativas das duas equipes. Graças ao aniversariante do dia, Ricardo Xavier, o Bugre escapou de sua segunda derrota seguida em casa. Na quarta passada, o time alviverde levou 3 a 0 do Internacional, no Brinco de Ouro. O atacante completou 32 anos e foi festejado pelos companheiros.

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No entanto, o time de Vagner Mancini segue tropeçando na tabela da competição. O Bugre agora é oitavo colocado, com 14 pontos, enquanto o Vozão não conseguiu o objetivo de, pelo menos, atingir a vice-liderança. Os cearenses ultrapassariam o Corinthians se tivessem vencido por dois ou mais gols de diferença, mas seguem em terceiro, com 19 pontos.

Ambos seguem sem vencer depois da parada para a Copa do Mundo. São dois empates e uma derrota para cada lado. O Guarani conseguiu manter a escrita de nunca ter perdido para o Ceará: agora, em 13 jogos, são 8 vitórias e 5 empates.

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Velocidade pelas laterais

O técnico Vagner Mancini mostrou logo na escalação que iria colocar a equipe no ataque. Mesmo sem mudar o esquema, ele conseguiu deixar o time mais veloz ao lançar Apodi no lugar de Rodrigo Heffner, pela lateral direita. Além disso, o gramado do Brinco de Ouro foi molhado pelo sistema de irrigação cerca de duas horas antes do jogo. Assim, a bola rolava mais rápida em campo.

Com a alteração, o Guarani começou o jogo explorando muito as jogadas pelas laterais. Tanto com Apodi e Mário Lúcio na direita, quanto com Márcio Careca e Mazola pela esquerda. A movimentação abriu a zaga do Ceará, que teve de parar com faltas a maioria dos lances de perigo. Em uma dessas infrações, na entrada da área, o atacante Ricardo Xavier quase abriu o placar. Na cobrança, o camisa 9 buscou o ângulo, mas Diego se esticou para espalmar.

Xavier tentou a todo custo fazer seu gol no primeiro tempo. A chance mais clara, porém, ocorreu com uma ajudinha do braço. Após ótimo cruzamento de Márcio Careca, ele entrou por trás da zaga e tocou de mão direita, para bela defesa de Diego. O árbitro percebeu e presenteou o atacante com um cartão amarelo.

Apesar de manter a posse de bola, o Guarani pecou na hora de finalizar, principalmente com Mazola. Ele acabou irritando os companheiros por sempre tentar jogar sozinho, sem perceber as opções dadas pelos outros jogadores. O individualismo custou outro amarelo para o Bugre, quando o camisa 11 tentou driblar toda a defesa cearense e se jogou na área.

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Confiando na defesa sólida, o Ceará pouco buscou o jogo e só atacava com segurança. O goleiro Douglas praticamente não trabalhou. Isolado nas pontas, Misael tentou por várias vezes a jogada individual e não tinha opções para tabelar. Geraldo e Washington, parceiros de setor ofensivo, sumiram diante da pesada marcação bugrina.

Na mesma moeda

Se o Bugre apostou na velocidade para jogar melhor no primeiro tempo, o Ceará resolveu fazer o mesmo no segundo. Impaciente com a lentidão do meia Geraldo, o técnico Estevam Soares lançou Tony para que Misael pudesse ganhar um parceiro mais rápido para as jogadas ofensivas.

Com apenas 50 segundos, o time alvinegro já fez mais do que nos 45 minutos iniciais. Tony deu excelente passe para Ernandes, que invadiu a área, driblou dois e chutou rente à trave esquerda de Douglas. O Ceará dava pinta de que tinha acordado. E, como o Bugre manteve seu estilo insinuante, o jogo ficou aberto. Aos 5, Mário Lúcio recebeu lançamento perfeito de Paulo Roberto e finalizou por cima do gol.

Mas pouco depois, aos 8, o Ceará mostrou que não está no G-4 do Brasileirão à toa. Foi só tocar a bola com consciência que o time chegou ao gol. Após boa troca de passes, Ernandes recebeu na entrada da área, driblou Apodi com calma e acertou uma bomba de pé esquerdo, sem chances para Douglas. Golaço e 1 a 0 para os cearenses no placar.

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Vagner Mancini tentou responder imediatamente, trocando seus dois meias. Baiano e o estreante Geovane entraram para dar mais qualidade, mas esbarraram na defesa menos vazada do campeonato. Só a bola parada assustou. Por duas vezes, aos 24 e a aos 27, Baiano quase marcou. Na primeira, ele aproveitou rebote de um escanteio e chutou com muito efeito. A bola passou a centímetros do travessão. Depois, cobrou falta perigosa que Diego defendeu.

Na terceira, a defesa do Ceará não segurou. Baiano cruzou na área, e Ricardo Xavier conseguiu o tão perseguido gol de aniversário. Ele se antecipou à zaga e, de costas para o gol, desviou de cabeça na saída de Diego para empatar o placar.

Empolgado e empurrado pela torcida, o Guarani começou a correr mais para buscar a virada. Mazola quase conseguiu no fim, mas, com de frente para o gol, furou e perdeu a última oportunidade de desempatar.

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