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Híguan (à esquerda) comemora seu gol com Gutierrez e Lionel Messi | Thomas Bohlen / Reuters
Híguan (à esquerda) comemora seu gol com Gutierrez e Lionel Messi| Foto: Thomas Bohlen / Reuters

As seleções de Alemanha e Argentina chegaram ao amistoso desta quarta-feira causando preocupação em suas torcidas. Os principais motivos para isso foram vistos no jogo no Allianz-Arena, em Munique, embora os visitantes possam ao menos comemorar a vitória por 1 a 0, resultado que dá moral cem dias antes da Copa do Mundo.

O único gol foi marcado por Higuaín, atacante do Real Madrid, no fim do primeiro tempo. Os argentinos mostraram muita disposição e pouca inspiração, dependendo em excesso de Lionel Messi - que não esteve em seus melhores dias. Pelo lado dos alemães, que vinham de dez partidas de invencibilidade, faltou criatividade no meio-campo e poder ofensivo.

A Argentina pode ter feito seu último amistoso antes do Mundial na África do Sul, caso o jogo contra o Canadá (no dia 24 de maio) seja mesmo cancelado, a pedido de Maradona. Já a Alemanha terá três oportunidades - contra Malta, Hungria e Bósnia - para resolver seus problemas.

Primeira conclusão a gol aos 37 minutos

Jogando na casa do adversário, a Argentina iniciou a partida com a estratégia de sufocar a Alemanha, adiantando os homens de frente para atrapalhar a saída de bola e exercendo forte marcação no resto do campo. Às vezes, terminava em faltas duras, como as dos zagueiros Demichelis e Samuel (em Ozil e Klose), punidos com o cartão amarelo.

O problema era quando o time de Maradona tinha que tomar a iniciativa. Os lances se repetiam, um atrás do outro: Verón recebia o passe na defesa, para fazer a ligação com o meio-campo, e logo era a vez de Messi conduzir a bola, tentando um drible e em seguida um passe para Higuaín ou Di María. Sem o apoio de Otamendi e Heinze pelas laterais, a Argentina tinha dificuldade de chegar à área.

Do outro lado, a Alemanha ainda tentava variações de jogadas de ataque, mas não tinha sucesso em qualquer uma delas. Com exceção de um chute descalibrado de Lahn, o mais perto que os donos da casa estiveram do gol foi num pênalti não marcado de Otamendi em Klose.

Os dois únicos lances de perigo na primeira etapa vieram nos últimos minutos. Aos 37, Di María se livrou de dois marcadores e acertou uma bomba no travessão, após leve desvio do goleiro Adler. Foi o primeiro chute a gol na partida. No último minuto regulamentar, a Argentina fez 1 a 0. Di María iniciou contra-ataque com um ótimo lançamento, e Adler saiu na sua intermediária para tentar interceptar a bola. Levou um drible da vaca de Higuaín, que concluiu para o gol vazio.

Alemanha reforça ataque com Cacau

A Alemanha começou o segundo tempo com Mario Gomez no lugar de Klose. A Argentina, que voltou do intervalo sem substituição, foi obrigada a fazer duas com nove minutos - Clemente Rodríguez e Nicolás Burdisso entraram nos lugares de Heinze e Demichelis, machucados. Quando o segundo ia sendo retirado de campo, os responsáveis pela maca deixaram-no cair.

Os argentinos tiveram uma boa chance para fazer 2 a 0 logo aos cinco minutos, quando Adler deu um passe nos pés de Verón, que errou ao tentar encobrir o goleiro. Até o fim da partida, no entanto, foi a Alemanha que tomou a iniciativa, invertendo os papéis da primeira etapa.

O técnico Joachim Low tentou reforçar seu poder ofensivo, colocando Cacau no lugar de Özil e dando uma companhia na frente para Mario Gomez e Podolski. A Alemanha se manteve no campo de ataque, e o brasileiro teve boa participação, inclusive obrigando o goleiro Romero a difícil defesa, aos 30 minutos. Os donos da casa trocavam passes, fazendo a bola rodar de um lado a outro, e exploravam as jogadas aéreas.

A Argentina, no entanto, conseguiu segurar o resultado. Mesmo com Tevez em campo, no lugar de Higuaín, pouco ameaçou no ataque. Já no fim, aos 40 minutos, Burdisso quase marcou, mas errou a bola após cobrança de falta de Verón.

A Alemanha começou jogando com: Adler, Boateng, Mertesacker, Tasci e Lahm; Schweinsteiger, Ballack, Thomas Müller e Özil; Podolski e Klose.

A Argentina teve Romero, Otamendi, Demichelis, Samuel e Heinze; Jonás Gutiérrez, Mascherano, Verón e Messi; Di María e Gonzalo Higuaín.

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