O jogo era decisivo para as pretensões do São Paulo no Campeonato Brasileiro. Uma vitória deixava o sonho do tricampeonato ainda vivo. Mas o time foi derrotado pelo Grêmio por 1 a 0, gol de Perea, em Porto Alegre, e agora a distância dos líderes para os paulistas aumentou para 11 pontos. A chance de título ficar no Morumbi ainda existe, mas ficou muito mais difícil.
No Olímpico, a torcida não parou um minuto sequer cantar em apoio ao Grêmio. Em campo, o time "joga a morrer", como gostam de dizer os gaúchos: marca forte desde a saída de bola do adversário, não se constrange em fazer faltas quando necessário e tenta vencer do jeito que for. Este parece ser um dos segredos da invencibilidade gremista em casa - oito vitórias em 10 partidas.
O campo pesado, em tese, favorecia esse estilo de jogo da equipe gaúcha. "O Grêmio costuma jogar melhor nessas condições porque tem um time de força e aposta nas bolas altas", disse Jorge Wagner. Para o técnico da casa, contudo, não havia vantagem alguma. "Infelizmente tivemos de jogar de novo contra um grande adversário sob forte chuva", afirmou Celso Roth.
As afirmações do ala são-paulino, porém, explicam melhor como o São Paulo tomou o primeiro gol. Na prática, os gaúchos souberam mesmo tirar vantagem do tempo chuvoso - e de um erro do trio de arbitragem - e anotaram. Logo aos 8 minutos, Marcel fez boa jogada pela direita e cruzou para a área. A defesa do time paulista ficou apenas olhando, à espera da marcação de impedimento do auxiliar, enquanto Perea corria para a bola. Sozinho, o atacante colombiano tocou na saída do goleiro Rogério Ceni: 1 a 0. "Eles têm três ou quatro jogadores com mais de 1,90 metro. Realmente é complicado", desculpou-se Anderson.
O gol logo no início incendiou ainda mais a massa das arquibancadas. E se refletiu em campo, claro. Mesmo vencendo, o Grêmio não abdicou de atacar e seguiu pressionando. O São Paulo se virava como podia na defesa e pouco conseguia armar no ataque Suas únicas chances de gol - nenhuma com maior perigo - surgiam dos pés de Dagoberto, o jogador mais lúcido do time em Porto Alegre.
A lucidez, no entanto, acabou aos 46 minutos do primeiro tempo. O atacante são-paulino dominou uma bola na intermediária de defesa. Ao invés de passá-la para um companheiro, tentou protegê-la - com o cotovelo no estômago de Léo. O gremista reagiu e ambos foram expulsos sem apelação pelo árbitro Alicio Pena Júnior.
No segundo tempo, a chuva deu uma trégua e o jogo pegou fogo de vez. Com 10 para cada lado, havia mais espaço para atacar e ambas as equipes não se privaram de ir à frente em busca do gol. O São Paulo quase conseguiu, aos 16 minutos, mas Borges, de volta depois de um mês parado, chutou por cima do gol de Victor.
Quem chegou mais perto de marcar foi mesmo o Grêmio. Em um contra-ataque, Reinaldo ficou cara a cara com Rogério Ceni, mas chutou na trave. Ainda teve uma segunda chance, no rebote, e errou. Não fez falta. Os gremistas agora têm 44 pontos, enquanto os paulistas tem 33 e voltam decepcionados para casa.
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